INDÚSTRIA

Complexo Industrial de Saúde: governo vai investir R$ 57,4 bilhões em setor estratégico

Nova fábrica da EMS faz parte de política de soberania econômica do governo federal

Fabrica da EMS em Hortolândia (SP)Créditos: Reprodução/agênciagov
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Nesta sexta-feira (23), o presidente Lula esteve na inauguração de uma fábrica da empresa EMS em Hortolândia, SP, que irá produzir medicamentos inovadores no Brasil, como a liraglutida e a semaglutida, utilizados no tratamento de obesidade e diabetes.

A nova planta contou com investimento de R$ 48 milhões do BNDES e faz parte do chamado  Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis).

Segundo a Agência Gov, a fábrica irá gerar 150 novos empregos diretos e cerca de mil indiretos, expandindo a capacidade produtiva do parque industrial brasileiro.

Este evento acontece em um momento em que o governo brasileiro, através do Plano Mais Produção (P+P), coordenado pelo BNDES, está promovendo novos investimentos no setor farmacêutico, como o recente anúncio de R$ 42,7 bilhões para o Ceis, incluindo R$ 500 milhões destinados à EMS para apoiar suas iniciativas de inovação e desenvolvimento.

O que é o Complexo Industrial de Saúde?

O Complexo Industrial de Saúde é um dos setores estratégicos no processo de reindustrialização do Brasil, sendo foco do Governo Federal para expandir a produção nacional de itens prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a dependência do país de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros.

Até 2026, o governo Lula prevê investir R$ 57,4 bilhões no Ceis, combinando recursos públicos e da iniciativa privada. Essa iniciativa é parte de uma nova proposta de industrialização que busca a inclusão social e a sustentabilidade ambiental.

O  CEIS representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e é responsável por uma significativa geração de empregos, além de concentrar um terço das pesquisas científicas do país. A saúde é vista não apenas como um direito, mas também como um motor de desenvolvimento econômico, onde a produção de bens de saúde é fundamental para a sustentabilidade do SUS.

Ainda de acordo com a  Agência Gov, o diabetes foi identificado como uma prioridade na matriz de desafios produtivos e tecnológicos em saúde.

O desenvolvimento de novas plataformas e produtos inovadores para o tratamento dessa condição é crucial para o fortalecimento do Ceis.

O Programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde é um exemplo de política pública que tem impulsionado a entrada de empresas no mercado de saúde, como a EMS, que já firmou PDPs que fornecem medicamentos para o SUS, incluindo tratamentos para câncer, esquizofrenia, e doenças raras como a esclerose múltipla.