Nesta terça-feira (13), a Avon Products Inc., subsidiária da Natura, entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, utilizando o processo conhecido como Chapter 11.
Este tipo de recuperação judicial é semelhante ao que é praticado no Brasil - como no caso Americanas - e visa proteger a empresa enquanto ela reestrutura suas operações e finanças.
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Basicamente, a empresa tem mais dívidas do que pode pagar e precisa negociar judicialmente as suas dívidas para seguir operando.
O processo não só impacta a Avon, mas também tem repercussões para a Natura, que já observou uma queda de 12% em suas ações devido a essa situação.
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A Avon não abriu falência. Enquanto a falência implica no encerramento das atividades da empresa, a recuperação judicial é um processo legal que visa permitir a reestruturação e a superação da crise financeira.
Um dos problemas da empresa foi a respeito do uso de talco em seus produtos. Em um processo movido por Rita-Ann Chapman e Gary Chapman, a empresa foi condenada a pagar US$ 46 milhões (cerca de R$ 215 milhões) por indenização a um casal que alega ter sido contaminado por amianto após o uso de produtos da Avon contendo talco. Desde 2020, foram mais de 100 processos do tipo nos EUA, o que certamente impactou as finanças da empresa.
“Continuamos focados em impulsionar a nossa estratégia de negócios internacionalmente, incluindo a modernização do nosso modelo de vendas diretas e a revitalização da marca para acelerar o crescimento”, disse Kristof Neirynck, CEO da Avon.