O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, deixou os apresentadores do programa Em Ponto, exibido nas manhãs da Globonews, em completo silêncio ao fazer uma lista de elogios à política econômica do governo Lula (PT). Para o gestor, “o Brasil vive um momento especial”.
"A gente está em um momento do Brasil muito especial, que é outro desafio para a política monetária do Banco Central. Com essa atividade tão alta assim, então eu tenho que segurar a atividade: desemprego, que estava em 6,7%, agora está em 6,4%”, inicia Marcelo Noronha.
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Em seguida, o CEO do Bradesco fala sobre a queda do desemprego em variadas regiões do país. "Mas eu também tenho trazido um dado assim, ele é diferente nas regiões brasileiras: se for pra Goiás, estava batendo 5,2%, eu não vi a última estatística; Mato Grosso do Sul, 3,8%; o Sul do Brasil também com um desemprego baixo; São Paulo também está abaixo da média, então você tem um Brasil que está com pleno emprego.”
Noronha continua: "Outra variável: a renda do trabalhador esse ano, a renda real, Mônica, vai crescer mais de 6%. Isso é um ganho extraordinário. Então, quase pleno emprego, renda real crescendo.”
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Neste momento, Mônica Waldvogel interrompe e pergunta ao CEO do Bradesco se tal cenário é sustentável e se é necessária uma política de choque monetário.
Marcelo Noronha: "A política monetária tem um efeito e tem uma capacidade, mas ela tem um limite. Vamos imaginar o seguinte: tem um cenário de estresse, que eu acho que é bem pouco provável. Eu acredito que as medidas que vêm aí, propostas pelo ministro Haddad [Fernando, ministro da Fazenda] e pela ministra Simone [Tebet, ministra do Planejamento], devem aplacar esse ânimo do mercado. Eu espero que controlem esse câmbio, de modo a gente segurar um pouco a inflação."