Na próxima quarta (23), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, devem apresentar a membros do G20 a plataforma de "investimento verde" do governo brasileiro.
O evento, que ocorrerá entre os dias 22 e 24 de outubro, em Washington, deve se seguir ainda aos encontros anuais do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, além dos encontros dos representantes do governo com os ministros das Finanças do G20, de que devem participar Simone Tebet (ministra do Planejamento) e Roberto Campos Neto (presidente do Banco Central).
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A "Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica" quer captar investimentos internacionais para a promoção de projetos de economia sustentável, em proposta alinhada ao PAC 'Desenvolvimento e Sustentabilidade', do governo federal.
O PAC prevê estratégias para os desafios econômicos e sociais do Brasil em conformidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) assumidos pelos 193 membros da ONU em 2015, em temas como saúde, educação, redução de desigualdades, combate às mudanças climáticas e prevenção ambiental.
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Dentre esses objetivos, o investimento em economia sustentável deve privilegiar a expansão do setor de energias renováveis (em especial os biocombustíveis), a produtividade agrícola mais sustentável e projetos para a eliminação e a diminuição de emissões de gases do efeito estufa (GEEs).
A plataforma deve ser o destaque da apresentação de Haddad. Durante o encontro da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, o presidente Lula afirmou que há um fracasso coletivo na realização dos ODS, e criticou a falta de auxílio financeiro das nações desenvolvidas a países de baixa renda no contexto do combate às mudanças climáticas.
"O planeta está farto de acordos climáticos que não são cumpridos", disse Lula, que também enfatizou, durante seu discurso, o fato de 90% da eletricidade no Brasil ser fruto de fontes de energia renováveis.
O Brasil é, ainda, vanguarda na produção do Hidrogênio Verde, energia que já movimenta bilhões de dólares em projetos em parceria com empresas estrangeiras no nordeste.
O lançamento da plataforma deve servir de apoio a essas constatações e incentivar a expansão da cooperação internacional no mercado de renováveis do país — em 2025, o Brasil terá 367 usinas produzindo biocombustível para “aviação sustentável”, instaladas em SP, em parceria com o governo da Alemanha.