O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um orçamento de R$ 100 milhões, em parceria com a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, para apoiar projetos nascidos na periferia.
O programa, fruto de diálogos com comunidades que se iniciaram ainda em 2023, oferece oportunidades para projetos que devem se enquadrar nos dois polos atendidos pelo BNDES com financiamento do Fundo Socioambiental da instituição.
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O primeiro polo, BNDES Periferias, é destinado a projetos de "construção e revitalização de espaços para integração e ações coletivas da comunidade", de acordo com o Banco; e o segundo, denominado Trabalho e Renda da Periferia, quer capacitar e dar apoio técnico a projetos de "capital semente" — a concessão de crédito a startups (empresas embrionárias, em fases iniciais de investimento e desenvolvimento).
A iniciativa está no seu 2° ciclo, que agora prioriza a diversidade racial em gestão e empreendedorismo — vão ser 30% a mais de pessoas autodeclaradas negras contempladas pela seleção.
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O 1° ciclo, lançado em março de 2023, teve 11 projetos finalistas, que seguem para a segunda fase de análise. As instituições contempladas são diversas, vêm de todas as regiões do país e incluem nomes conhecidos, como Fundação Dom Cabral, CIEE-RJ e Associação de Desenvolvimento da Maré.
De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, além de ter o maior nível de população empregada da história do índice, o Brasil também está com "sua maior massa salarial", e o crescimento do salário real está sendo de impressionáveis 6% ao ano.
Em julho deste ano, dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio Contínua (PNAD) revelaram que a taxa de desemprego recuou para 6,9% na taxa trimestral que se encerrou em junho de 2024, conforme noticiou a Fórum. Esse índice garantiu a menor taxa de desocupação desde o mesmo período de 2014.
Sobre os programas
O polo BNDES Periferias deve criar, nas comunidades, espaços para integração e oferta de serviços adaptados aos usos coletivos definidos pelas próprias populações, de acordo com suas "potencialidades e vocações".
Já o Trabalho e Renda na Periferia vai apoiar projetos iniciais com injeção de capital e ampliar o acesso a financiamentos.
O Fundo Socioambiental do BNDES, que financia a iniciativa, é aplicado em projetos sociais nas áreas de saúde, geração de emprego e renda, educação e meio ambiente, e prioriza comunidades de baixa renda.
Quem pode participar
A participação no programa é aberta a entidades privadas sem fins lucrativos, que poderão coordenar a operação desses e de projetos similares (e que já tenham alguma experiência com iniciativas do tipo). As favelas podem fazer propostas a partir do Programa Periferia Viva.
A chamada para o 2° ciclo do programa deve permanecer aberta até às 15h do dia 31 de janeiro de 2025.