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Azeite de oliva falso começa a crescer em meio a preços altos; saiba como se proteger

No mês passado, 82 mil litros de azeite falso foram apreendidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

Azeites com preço muito a baixo do mercado vendidos em especial na internet são ameaça para a sua saúdeCréditos: Pixabay
Escrito en ECONOMIA el

Quem foi ao mercado nos últimos meses se surpreende a cada semana com o aumento do azeite de oliva. Desde o início do ano passado, por conta de uma péssima safra de azeitonas no Mediterrâneo - incluindo Portugal e Espanha -, o preço global do azeite acabou aumentando.

Hoje, os brasileiros podem gastar até mais de R$ 40 em uma garrafa de um azeite considerado básico. Há dois anos atrás, a o meio litro do produto estava em média R$ 20, segundo os índices de junho de 2021 feitos pela empresa Horus.

Este aumento de quase 100% está atrelado diretamente à safra escassa que os produtor estiveram em 2023. As péssimas condições de temperatura no e as intensas chuvas nos últimos anos tem tornado o produto em item de luxo.

E os golpistas já estão em estado de alerta. Nas redes sociais, promoções de azeite de oliva chamam a atenção dos consumidores e golpes com produtos falsos podem pipocar entre os mais desavisados.

Em dezembro, o Ministério de Agricultura e Pecuário apreendeu 82 mil litros do líquido adulterada de 12 marcas de azeite diferentes: Isis, Escarpas de Oliveiras, Almazara, Espanhol Colonial, Vincenzo, Ekma, Gouveia, Villa Real, Valle Viejo e Coroa Real.

Em certas ocasiões, o produto é adulterado já no país de origem, sendo o selo de importação não o suficiente para garantir a sua procedência

O azeite de oliva é o produto alimentar mais falsificado e adulterado do planeta, usualmente com uma mistura que combina parcialmente o azeite virgem ou extra-virgem com outro óleo de custo mais barato, como o de soja ou de abacate.

“O azeite de oliva falsificado representa um risco para a saúde dos consumidores, uma vez que não atende aos padrões de qualidade estabelecidos. A adulteração desse produto é uma prática recorrente, sendo alvo frequente de fiscalizações para garantir a autenticidade e segurança alimentar”, alerta o chefe do Serviço Regional de Operações Avançadas de Fiscalização e Combate a Fraudes, Kleber Basso.

O Ministério da Agricultura e Agropecuária aconselha que o consumidor, para tentar evitar fraudes, desconfie de produtos baratos demais, não compre azeite a granel e escolha itens com data de fabricação o mais recente possível.

Evite comprar o produto em lojas desconhecidas ou em e-commerces com preços muito atrativos, e opte por mercados tradicionais e marcas conhecidas para fugir dos falsificados.

Caso encontre no seu mercado uma marca mais desconhecida, verifique a procedência, veja se a marca nunca teve lotes apreendidos pelo Mapa e, se possível, pesquise no Google sobre a marca.