A revista britânica ‘The Economist’ publicou nesta quarta-feira (2), reportagem sobre o Brasil, destacando o aumento do otimismo de investidores internacionais em relação ao país. Ela ainda ressalta que Fernando Haddad, ministro da Fazenda, é “eficiente” e cita “cenário internacional favorável”.
De acordo com a revista, o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) superou as incertezas de que o governo pudesse seguir um caminho de recessão causada por desajuste fiscal, como ocorreu durante a última passagem do partido pelo poder, no governo de Dilma Rousseff (PT).
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Segundo o texto, “muitos economistas creditam a Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, grande parte do otimismo. Ele está por trás das duas grandes reformas que poderiam colocar o Brasil em uma base mais estável”.
Em específico, são citadas medidas em tramitação no Congresso Nacional, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal. Neste ponto, a revista adverte que “o sucesso da reforma tributária e do quadro fiscal não está garantido”.
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Ao mesmo tempo, “o cenário global e as proezas de Haddad estão aumentando o otimismo dos investidores agora. Mas será necessária uma boa política consistente para reverter a tendência de longo prazo do Brasil”, diz.
‘The Economist’ avalia os seis primeiros meses após a posse de Lula com os mercados estão aquecidos e menciona uma pesquisa com 94 gestores de fundos e analistas brasileiros, onde foram revelados que apenas 44% têm uma visão desfavorável do governo, um número significativamente menor do que os 90% observados no mês de março. Isso sugere que a percepção do governo está melhorando entre os investidores.
O confronto constante entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também é abordado, acusando-o de manter os juros mais altos no Brasil. No entanto, a revista afirma que a política monetária apertada parece ter dado resultado, já que a inflação caiu de 12% em abril de 2022 para cerca de 3,2% atualmente, com perspectiva de fechar o ano perto dos 5%.
O título do artigo é ‘Investidores estão cada vez mais otimistas com a economia brasileira’. E no subtítulo, a revista questiona se o Brasil ‘poderia estar decolando’.
*Com informações de Carta Capital e g1