Os resultados divulgados pela Via Varejo assustaram investidores e revelaram uma crise assustadora dentro da empresa, que controla a Casas Bahia, o Ponto (antigo Ponto Frio) e o e-commerce do Extra.
Uma dívida bilionária adquirida pela empresa ainda em 2020, durante a pandemia, saiu de proporções graças ao aumento na taxa de juros. Naquele ano, a Selic chegou a 2,0% e, agora, supera os 13,5%.
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Segundo o UOL, o prejuízo da empresa no segundo trimestre ficou em meio bilhão de reais e a dívida está em R$ 5 bilhões. A partir de agora, a empresa anunciou um plano de redução de 1 bi em estoques, o fechamento de mais de 100 lojas e uma redução de 11% no seu quadro de funcionários.
A crise é resultado direto da política monetária Roberto Campos Neto, que tem mantido uma taxa de juros em um dos níveis mais altos do mundo.
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O aumento da taxa de juros fez com que as dívidas da empresa aumentassem em proporção maior do que o aumento das vendas, causando uma crise no caixa da empresa.
As ações da empresa chegaram ao seu pior momento da história, com queda de 86% desde agosto de 2021. O resultado dos balanços também afetou as ações da Magalu.
Vale ressaltar que Luiza Trajano, CEO da Magalu, reclamou publicamente da taxa de juros promovida pelo Banco Central recentemente.
Em junho, ela pediu publicamente ao presidente do BC uma queda na Selic. “Se estou defendendo (a queda da Selic), é pela pequena e média empresa. Queria lhe pedir, por favor, para dar um sinal de baixar esses juros”, disse Luiza.
“Sem um sinal, não vamos aguentar. Quantas lojas já foram fechadas? Quantas pessoas já foram mandadas embora? A desigualdade social é muito grande. É o emprego que salva as pessoas. Queria lhe pedir, em nome dos brasileiros, para dar um sinal. E não é de 0,25 ponto percentual, que é muito pouco. Precisamos de mais”, afirmou Trajano.