MARCO FISCAL

"Crescer de forma sustentável": Haddad celebra aprovação do arcabouço fiscal

Ministro da Fazenda adianta próximos passos da pasta em coletiva à imprensa

Fernando Haddad afirma que o marco fiscal "estabiliza relação dívida-PIB"Créditos: Agência Brasil (Marcelo Camargo)
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Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (23), o ministro da Fazenda Fernando Haddad concedeu as visões do Ministério da Fazenda a partir da aprovação do texto do arcabouço fiscal na última terça-feira.

O economista e cientista político afirmou que, com a aprovação do Marco Fiscal, a meta do Brasil agora é começar a desenvolver seu crescimento com sustentabilidade.

"A nossa tarefa é estabelecer o ritmo desse equilíbrio. Nós temos uma etapa pela frente, que é a sequência do equilíbrio fiscal com a lei orçamentária e as medidas que acompanham a orçamentária, para fazer valer o objetivo de acelerar o passo em relação a esse equilíbrio, que vai permitir que o Brasil, na situação geopolítica em que se encontra, possa fazer valer suas vantagens competitivas em relação aos demais países", afirmou o ministro.

Haddad defende que, a partir da aprovação da regra, o Brasil pode voltar a crescer acima da média mundial, o que ele define como "horizonte".

Contudo, é somente com o que ele chama de aumento da base fiscal - isto é, redução das renúncias, taxação de apostas e offshores e taxação de grandes fortunas - que isso será possível. 

"No passado, você aumentava a carga tributária para todo mundo. Agora, nós não estamos nem falando de aumento de carga tributária, de recomposição de base fiscal. Mas mesmo isso tem que ser feito com justiça social, com justiça tributária. É o que nós estamos procurando fazer", disse o ministro.

"Você corrige despesa primária, gasto.tributária, despesa financeira e melhora as condições macroeconômicas do país. Nós temos três fontes de gastos que nós temos, né, o gasto primário, o gasto tributário e o gasto para rolar a dívida pública. Você reduzir isso simultaneamente vai liberar a economia brasileira para crescer", completou Haddad.

Confira a entrevista completa: