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Haddad detona Banco Central e responsabiliza instituição pela prévia negativa do PIB de maio

Para o ministro da Fazenda, o BC tem se empenhado em impor ao Brasil uma "desaceleração da economia"

Haddad detona Banco Central e responsabiliza instituição pela prévia negativa do PIB de maio.Créditos: Valter Campanato / Agência Brasil
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Nesta segunda-feira (17), o Banco Central (BC) divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou um recuo de 2% em maio, comparado com o mês de abril.

De acordo com o BC, o resultado foi calculado após ajuste sazonal, uma "compensação" para comparar períodos diferentes. Essa é a maior queda do IBC-Br desde março de 2021, quando foi registrado uma redução de 3,6%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não recebeu bem a notícia do número do IBC-Br e voltou a fazer duras críticas ao Banco Central (BC). Para Haddad, o BC está empenhado em impor ao Brasil "uma desaceleração econômica" e criticou novamente a manutenção da atual taxa Selic, que está em 13,75%.

"A pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte. Precisamos ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10% de juro real ao ano. É muito pesado para a economia", declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Fernando Haddad é aprovado por mais de 60% do mercado financeiro

Levantamento feito pela Genial/Quaest revela que a avaliação do governo Lula com o mercado financeiro saiu de uma reprovação de 86% em maio para uma aprovação de 44% em julho.

De acordo com o diretor da Quaest, o sociólogo Felipe Nunes, o principal fator de mudança na avaliação do governo Lula junto ao mercado financeiro se deve ao trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cuja avaliação positiva saltou de 10% em março para 65% em julho. Para Nunes, "trata-se de uma mudança muito significativa de imagem".

A pesquisa também aponta que o trabalho de Fernando Haddad "tem conseguido convencer o mercado de que a política econômica do país está indo na direção certa". Em março, 98% avaliavam que a política econômica ia na direção errada, agora, as opiniões estão divididas: 47% aprovam e 53% reprovam, na margem de erro, um empate técnico.