Levantamento feito pela Genial/Quaest revela que a avaliação do governo Lula com o mercado financeiro saiu de uma reprovação de 86% em maio para uma aprovação de 44% em julho.
De acordo com o diretor da Quaest, o sociólogo Felipe Nunes, o principal fator de mudança na avaliação do governo Lula junto ao mercado financeiro se deve ao trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cuja avaliação positiva saltou de 10% em março para 65% em julho. Para Nunes, "trata-se de uma mudança muito significativa de imagem".
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A pesquisa também aponta que o trabalho de Fernando Haddad "tem conseguido convencer o mercado de que a política econômica do país está indo na direção certa". Em março, 98% avaliavam que a política econômica ia na direção errada, agora, as opiniões estão divididas: 47% aprovam e 53% reprovam, na margem de erro, um empate técnico.
Em termos gerais, o mercado também passou a ficar mais otimista quanto ao futuro da economia brasileira: 53% acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses; 21% acham que vai piorar. Aqui cabe um destaque: no começo do ano, 78% acreditavam que a economia do Brasil iria piorar.
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Por outro lado, setores do mercado ainda estão preocupados com o controle da inflação: 66% acham que a gestão Lula não está preocupada com o controle da inflação e 34% acreditam que sim, o governo está empenhado no controle inflacionário.
Taxa Selic
O levantamento também busca saber qual a posição do mercado sobre a manutenção da taxa Selic em 13,75%: 87% apoiam a decisão do Banco Central (BC), enquanto 13% reprovam.
No entanto, 100% do mercado financeiro acreditam que a taxa Selic cairá ainda este ano e 92% acreditam que tal queda deve ocorrer em agosto; e 56% apostam numa queda de 0,25%.
Por sua vez, o trabalho de Roberto Campos Neto à frente do BC é aprovado por 86%. Em contrapartida, 71% dos entrevistados estão "muito preocupados" quanto à indicação do presidente Lula para a presidência do BC.
Eleições 2026
O levantamento da Genial/Quaest também perguntou aos agentes do mercado se acreditam que em 2026 a terceira via terá um candidato viável: 57% responderam que não, e 43% acreditam que sim, um nome não vinculado a Bolsonaro e Lula pode despontar.
Ainda no campo do bolsonarismo, o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, surge como aquele com maior apoio: para 74% , Bolsonaro deve apoiar Tarcísio como candidato à presidência da República.