Em sua publicação mais recente nas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faz uma crítica direta à política de renúncia fiscal e afirma que esta produz fome.
"Cada renúncia fiscal indevida é uma pessoa a mais passando fome, é uma pessoa sem creche, é uma pessoa sem médico, é uma pessoa sem medicamento no posto de saúde. É isso que nós não queremos continuar assistindo. Se aqueles que não pagam, pagarem os impostos devidos, de acordo com a lei, teremos uma economia melhor, com menos juros, menos inflação e mais emprego", declarou Haddad.
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Nesta segunda-feira (24), em entrevista ao Estadão, Fernando Haddad revelou mais detalhes de seu plano para rever o que ele chama de "privilégio" da renúncia fiscal. Ao jornal, Haddad afirmou que pretende "abrir a caixa-preta das renúncias fiscal" e que essa política produz um rombo bilionário.
"Só estamos pagando R$ 700 bilhões de juro porque estamos pagando R$ 600 bilhões de renúncia. É simples assim", disse Haddad.
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O ministro afirma que tem por objetivo cortar um quarto dos privilégios (R$ 150 bilhões) e acabar com distorções e "fechar brechas que levam as empresas a pagar menos impostos".
"No Brasil precisa ser rico para não pagar Imposto de Renda. Sendo rico é que você adquire o direito de não pagar imposto", critica Haddad.
Haddad também afirma que o governo federal não mexer no Simples e nem retomar cobrança de tributos sobre a folha de pagamentos das empresas.