O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, registrou uma variação de 0,24% em outubro. Esse número marca o quarto mês consecutivo de aumento, embora ligeiramente menor que os 0,26% de setembro. O acumulado do ano até outubro alcança 3,75% e, nos últimos 12 meses, 4,82%, abaixo dos 5,19% do período anterior. Em comparação, outubro do ano passado teve uma variação de 0,59%.
A divulgação do IPCA foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11). Também foi reportado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete a inflação para famílias com renda de um a cinco salários mínimos. Em outubro, o INPC registrou 0,12%, acumulando 3,04% no ano e 4,14% nos últimos 12 meses.
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Aumento de preços
Em outubro, houve aumento nos preços em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Os grupos Transportes e Alimentação e bebidas, ambos com aumentos de 0,35% e 0,31% respectivamente, foram os maiores contribuintes para o índice geral, cada um adicionando 0,07 pontos percentuais. A exceção foi o grupo Comunicação, que apresentou uma queda de 0,19%.
Dentro do grupo Alimentação e bebidas, a alimentação em domicílio subiu 0,27%, rompendo uma sequência de quatro meses de queda. Aumentos notáveis foram observados na batata-inglesa, cebola, frutas, arroz e carnes, enquanto o leite longa vida e o ovo de galinha tiveram quedas significativas. A alimentação fora do domicílio registrou um aumento de 0,42%, com as refeições e lanches subindo mais do que no mês anterior.
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No setor de Transportes, a alta foi impulsionada principalmente pelo aumento de 23,70% nas passagens aéreas, sendo este o subitem com maior impacto individual no índice do mês. Já os combustíveis, em geral, tiveram queda de preços, com exceção do óleo diesel. O táxi também teve um aumento, influenciado por reajustes significativos em Porto Alegre e São Paulo.
No grupo Habitação, houve um pequeno aumento de 0,02%, com a taxa de água e esgoto subindo devido a reajustes em Salvador e Fortaleza. A energia elétrica residencial, por outro lado, teve uma queda, apesar dos reajustes em Goiânia, Brasília e São Paulo.
Regionalmente, quatro áreas apresentaram variações negativas em outubro. São Luís teve a menor variação, influenciada pela queda no preço da gasolina, enquanto Goiânia registrou a maior variação, impulsionada pelo aumento na energia elétrica residencial.
Preços ao consumidor
O INPC registrou um crescimento de 0,12% em outubro, mantendo-se próximo à taxa de 0,11% do mês anterior. Durante o ano corrente, o acumulado do INPC é de 3,04%, enquanto nos últimos doze meses, a alta foi de 4,14%, um valor inferior aos 4,51% registrados no período equivalente anterior. Em comparação, a taxa em outubro do ano passado foi de 0,47%.
Houve um aumento de 0,23% nos preços dos produtos alimentícios em outubro, contrastando com a redução de 0,74% observada em setembro. Já os produtos não alimentícios experimentaram um aumento mais modesto, de 0,09%, abaixo da taxa de 0,38% do mês anterior.
Em outubro, sete regiões experimentaram uma queda nos preços. As menores reduções ocorreram em Porto Alegre, Recife e São Luís, todas com uma diminuição de 0,16%, influenciadas principalmente pela queda nos preços da gasolina, com reduções de 3,59%, 3,55% e 3,94% respectivamente. Por outro lado, Goiânia apresentou a maior taxa de aumento, de 0,86%, impulsionada pelo crescimento de 5,53% nos preços da energia elétrica residencial.
Para elaborar os índices, foram comparados os preços coletados entre 29 de setembro e 30 de outubro de 2023 (período de referência) com os preços vigentes de 30 de agosto a 28 de setembro de 2023 (período base). O INPC, calculado pelo IBGE desde 1979, destina-se às famílias com renda monetária de 01 a 05 salários mínimos, tendo como chefe um trabalhador assalariado. Esse índice abrange dez regiões metropolitanas do Brasil, além das cidades de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.