TAXA DE JUROS

Inflação tem aumento menor que o previsto e marca 0,26% em setembro

Impulsionado pela gasolina, indicador ultrapassou a tolerância da meta de inflação do Banco Central

Queda do preço dos alimentos pelo quarto mês consecutivo desacelerou inflação.Créditos: /Reprodução
Escrito en ECONOMIA el

A inflação oficial do país teve alta de 0,26% em setembro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados nesta quarta-feira (11) estiveram abaixo das expectativas do mercado financeiro, que projetava 0,33% no mês.

Em agosto, a inflação teve crescimento de 0,23% em comparação com o mês anterior. A economia brasileira teve redução nos preços do consumidor entre março e junho de 2023, e voltou a ter altas em julho (0,12%), agosto (0,23%) e setembro (0,26%).

Em setembro de 2022, o Brasil registrou deflação de 0,36%, incentivada pela desoneração de combustíveis, isto é, a isenção da cobrança de tributos federais sobre a gasolina, etanol e diesel. Na janela de 12 meses, o país soma inflação acumulada de 5,19%, e alta de 3,19% no ano. 

No período de 12 meses, o Banco Central estipulou a meta de inflação em 3,25%, com margem de tolerância entre 1,75% e 4,75%. Porém, com os 5,19% acumulados, o país saiu novamente das expectativas.

O IPCA é calculado com nove indicadores e, em setembro, seis deles tiveram alta, com destaque para os combustíveis (1,40%). 

Indicadores em alta

  • Habilitação (0,47%);
  • Vestuário (0,38%);
  • Transportes (1,40%);
  • Saúde e cuidados pessoais (0,04%);
  • Despesas pessoais (0,45%);
  • Educação (0,05%);

Indicadores em baixa

  • Alimentação e bebidas (-0,71%);
  • Artigos de residência (-0,58%);
  • Comunicação (-0,11%);

O setor de transportes na inflação

A alta na inflação foi puxada pela gasolina, que teve alta em 2,8% em setembro devido ao anúncio da Petrobras de aumento do preço do litro do combustível, de R$ 2,52 para R$ 2,93. A gasolina contribuiu na elevação de 0,14% no índice geral, com alta acumulada de 16,18% no ano. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 16,57%.

Apesar da variação de R$ 0,41, a XP Investimentos sinalizou que o preço da gasolina da Petrobras é 45% menor do que o PPI (Preço de Paridade Internacional), que estava em R$ 3,68 antes da alta.

O diesel teve alta de 10,11% no mês, enquanto o gás veicular subiu 0,66% e o etanol recuou 0,62%.