A entrevista de Bolsonaro (PL) ao Jornal Nacional ainda continua a render muita repercussão negativa ao presidente. O Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central (Sinal) emitiu uma nota de repúdio contra o mandatário a respeito de suas declarações sobre o sistema de pagamento instantâneo Pix.
Em nota, os servidores desmentem Bolsonaro e que, ao contrário do que ele declarou ao JN, o presidente não criou o Pix. A organização também afirmou ser contra o "uso político" do sistema de pagamentos e falou da possibilidade de greve.
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O texto revela que o desenvolvimento do Pix levou anos e que começou oficialmente com uma portaria de 2018, ou seja, antes de Bolsonaro ser presidente. De acordo com os servidores, o governo Bolsonaro impôs "muitos obstáculos, tanto contra a implementação do Pix pelo BC quanto contra outros projetos da Autarquia".
"Tal sistema de pagamento instantâneo foi criado e implementado pelos Analistas e Técnicos do Banco Central do Brasil - ou seja, por servidores concursados do Estado, não pelo atual governante ou por qualquer outro governo", diz a nota.
A carta emitida pelos servidores do BC também cobra uma reunião com o ministro do Casa Civil, Ciro Nogueira, para tratar de questões referentes a plano de carreira e, caso o ministro não os receba, uma greve pode ser deflagrada.
“Como é só um alerta inicial, hoje não haverá ainda paralisação de nenhum serviço do BC. Porém, se a enrolação do Governo Federal continuar, os servidores do BC poderão entrar em setembro em operação diferenciada, dificultando alguns processos de trabalho do BC (as características dessa Operação ainda não podem ser divulgadas por nós)”, diz o comunicado.