O Instituto Unidos Brasil, formado em sua maioria por empresários que apoiaram ou ainda apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), diante dos resultados das pesquisas eleitorais, quer conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Instituto, fundado em 2020, defende pautas encampadas pelo empresariado por meio da Frente Parlamentar do Empreendedorismo e promove eventos com políticos, principalmente os bolsonaristas, entre eles Carla Zambelli (PL) e Salim Mattar (PTB). A entidade não tem associados, mas sim “colaboradores voluntários”. Entre eles estão: Flávio Rocha (Riachuelo), Alberto Saraiva (Habib’s), José Carlos Semenzato (do setor de franquias) e o ex-PM Washington Cinel (fundador da Gocil).
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Lula, por sua vez, escalou o candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), para conversar com os empresários.
Reforma administrativa
Além da boa colocação nas pesquisas, os empresários se animaram com o fato de Lula ter prometido, na semana passada, durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), uma reforma administrativa no início de um eventual governo, além de ter mencionado a “desoneração da produção”.
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Nabil Sahyoun, presidente do Instituto Unidos Brasil e da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping, afirmou: “eu acho que Lula, orientado, talvez conversando com seus futuros ministros e principalmente o da Economia, sentiu que a desoneração é uma questão irreversível. Dezessete segmentos foram desonerados, e agora a gente precisa desonerar os demais. O presidente que receber uma herança de 12 ou 13 milhões de desempregados tem de fazer alguma coisa. Eu acho que o Lula acabou voltando atrás, está sendo coerente nas posições, e a gente torce para que ele mantenha isso caso seja presidente”, disse.
Há outros assuntos que o grupo quer levar a Lula: “São cinco pautas. A pauta da desburocratização, do custo Brasil, da reforma administrativa, da simplificação tributária e a pauta do ambiente de negócios. Temos debatido com nossos parlamentares, e estamos levando isso à discussão com a sociedade”, afirmou Sahyoun.
Com informações do Estadão