ELEIÇÕES 2022

André Esteves, dono do BTG Pactual, aponta qual resultado eleitoral é melhor para o mercado

Ele disse ainda que a sociedade está muito mais ao centro do que parece, ela não é de extrema esquerda ou de extrema direita

André Esteves.Créditos: Wikipedia/Luiz Prado/LUZ
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André Esteves, presidente do conselho de administração do BTG Pactual, afirmou em evento promovido pelo banco nesta sexta-feira (19), que, independentemente de quem seja o vencedor das eleições presidenciais, não vai haver nenhuma loucura na economia.

“No passado, as eleições sempre traziam uma grande volatilidade, sempre tivemos um processo eleitoral carregado de maniqueísmo, de luta de bem contra o mal, e os mercados com enorme volatilidade. Agora os mercados estão com a menor volatilidade em eleições desde a redemocratização. É talento dos candidatos? Óbvio que eles têm suas responsabilidades, mas isso tudo foi formado no bojo da sociedade”, comentou. “Todo mundo tem certeza de que não vai ter confusão econômica no Brasil quem quer que ganhe a eleição.”

Ninguém vai deixar o país

De acordo com ele, ao contrário do que ocorreu em outros momentos, nenhum empresário ameaça deixar o país agora se este ou aquele candidato vencer. “Não vemos nenhum investidor estrangeiro preocupado, nenhum empresário cancelando investimento.” Para ele, assim como no Japão ninguém para a vida em função de uma eleição, a tendência no Brasil é que isso se torne um assunto “menor”.

“Lógico que vamos analisar os planos de governo, para poder julgar melhor como os ativos vão se comportar, mas vejo claras oportunidades de investimento. As ações estão baratas, acredito que os juros já pararam de subir. Passada a incerteza com as eleições — que sempre criam uma angústia, um barulho —, qualquer um que ganhe acho que vamos ter um rali de preços”, comentou.

Ele disse ainda que a sociedade está muito mais ao centro do que parece, ela não é de extrema esquerda ou de extrema direita. “Temos uma sociedade muito mais madura do que parece. A despeito da polarização vocal, estamos mais ao centro enquanto sociedade. Somos mais centro-direita ou centro-esquerda do que extrema esquerda, extrema direita.”

Com informações do Valor