Na véspera do início da campanha eleitoral, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira (15) nova redução preço da gasolina. De acordo com justificativa da estatal, a redução "acompanha a evolução dos preços de referência e é com a prática de preços".
Dessa maneira, a partir desta terça-feira (16) haverá uma redução de R$ 0,18 por litro, assim, o litro da gasolina passará de R$ 3,71 para R$ 3,53. O novo valor não vale para os demais combustíveis.
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Para o consumidor, a redução será de R$ 0,13 e o preço na bomba passará de R$ 2,70 em média para R$ 2,57 por litro.
A Petrobras declarou em comunicado "que busca o equilíbrio de seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".
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Essa é a terceira vez que a Petrobras reduz o preço da gasolina desde que Caio Mário Paes de Andrade assumiu a presidência da estatal.
Sob Bolsonaro, Petrobras gerou mais lucro ao sistema financeiro que maiores petrolíferas do mundo
Sob o governo Bolsonaro (PL), a Petrobras vai distribuir duas vezes mais de dividendos no segundo trimestre do que as maiorias produtoras do planeta.
De acordo com informações do site Money Times, as cinco maiores produtoras de petróleo ocidentais - Exxon Mobil, Corp, Chevron Corp, Shell PLC, TotalEnergies e BP, divulgaram recordes em distribuições a seus acionistas em valor que deve ficar entre 4 e 7,6 bilhões de dólares.
Como justificativa, a Petrobras afirma que os preços mais altos do petróleo e as vendas de ativos permitiram o pagamento extra e não comprometeram os investimentos planejados.
A Petrobras também informa que está com uma situação de caixa confortável e pode reter entre 8 bilhões e 10 bilhões de dólares em caixa para este ano. A estatal também reafirma o seu compromisso de distribuir pelo menos 60% de seu fluxo de caixa livre aos investidores.
A política do calendário eleitoral reduz preço da gasolina, diz a FUP
O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, fez a seguinte avaliação sobre a nova redução:
“A menos de 50 dias das eleições, Bolsonaro, nesta segunda-feira (15), nova queda no preço da gasolina, na refinaria, baseada no critério da política do calendário eleitoral e na tentativa de minimizar o estrago provocado na economia e na população pelo reajuste de 145,8% na gasolina, acumulado na gestão Bolsonaro", destacou.
"O que o presidente da República está fazendo é tirar do preço o ICMS, que ia para as escolas, hospitais, postos de saúde. Ele retirou o dinheiro dos estados, mas não mexeu no PPI (política de preço de paridade de importação), que diminuiria o dividendo dos acionistas da Petrobrás", ressaltou Bacelar.
"Bolsonaro teve tempo suficiente para acabar com o PPI e evitar a escalada da inflação dos combustíveis, dos transportes, dos alimentos, mas não fez nada para resolver esse problema durante todo o seu mandato”, acrescentou o representante dos petroleiros.