Com o litro de leite próximo aos R$ 10, supermercados brasileiros começaram a vender o soro do leite - um subproduto da fabricação do queijo - a R$ 4,49.
O valor do soro em promoção é quase o dobro do que custava o litro de leite quando Jair Bolsonaro (PL) assumiu a Presidência. Em 2019, o produto era vendido em média a R$ 2,50 nos supermercados.
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A alta do leite também impactou toda a cadeia produtiva e fez explodir o preço do queijo. A mussarela chega a custar mais de R$ 60 em alguns supermercados.
O preço fez com que supermercadistas também vendessem as sobras de queijo, oferecidas em bandejas que chegam a beirar os R$ 10.
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Nas redes, os internautas lembram outros produtos que ganharam as gôndolas durante o governo Bolsonaro: carcaça e pele de frango, vendida a R$ 2,99 o quilo.
Ao comentar a publicação sobre a venda do soro de leite, um perfil no Twitter lembrou declaração de Paulo Guedes, ministro da Economia, que sugeriu em um fórum da Associação Brasileira dos Supermercados que fossem distribuídas sobras de comida aos mais pobres.
“Com a alimentação que não foi utilizada durante o dia no restaurante, dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É melhor do que deixar estragar essa comida, que estraga diariamente na mesa das classes mais altas brasileiras, e também o desperdício ao longo de toda a cadeia produtiva”, disse Guedes na ocasião.
Além da alta dos preços, o brasileiro vem sofrendo com a redução de salários. Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta segunda-feira (5) revelam que o salário médio de contratação com carteira assinada desvalorizou 5,6% no espaço de um ano.
Em maio, o salário médio real de admissão foi de R$ 1.898, contra um valor de R$ 1.916 em abril, e de R$ 2.010 em maio do ano passado, em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
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