POLÍTICA DA PETROBRAS

"Tem que parar o país", diz principal líder de caminhoneiros em 2018

Wanderley Alves, o Dedeco, diz que governo Bolsonaro usa guerra na Ucrânia como "desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras".

O caminhoneiro Wanderley Alves, o Dedeco, com Jair Bolsonaro.Créditos: Arquivo
Escrito en ECONOMIA el

A alta de 25% no preço do diesel e 18,8% na gasolina, anunciada nesta quinta-feira (10) pela Petrobras, vai quebrar o setor de logística do país e contra isso os caminhoneiros têm que parar o país, segundo Wanderley Alves, o Dedeco, um dos principais líderes da greve da categoria que paralisou o país em 2018.

"Os caminhoneiros autônomos e os empresários de transporte têm que se unir e parar o país. Ninguém vai aguentar. As transportadoras que têm 500, mil caminhões, com milhares de funcionários para pagar, vão quebrar", afirmou em entrevista a Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Dedeco relacionou a alta dos combustíveis com os lucros exorbitantes distribuídos pela Petrobras aos acionistas, principais beneficiados da política de preços adotada por Michel Temer (MDB) e mantida por Jair Bolsonaro (PL).

O caminheiro diz que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está servindo como "desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras".

"Eles já tiveram um lucro absurdo, doentio com os aumentos mais recentes, e estão ficando milionários às custas da tragédia de todos nós. Só quem está feliz hoje no país são os investidores da Petrobras".