Às vésperas do Dia da Consciência Negra, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou, nesta terça-feira (19), uma série de dados que escancaram a desigualdade racial dentro do mercado de trabalho.
Apesar de serem a maioria da população no país (56,7%), as pessoas negras são minoria entre os trabalhadores com os melhores cargos, melhores salários e condições dignas de trabalho. Por outro lado, são maioria na informalidade e entre desempregados.
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De acordo com a pesquisa desta terça-feira, 45,2% da população negra ocupada trabalhava informalmente. entre as mulheres negras, 45,6% trabalhavam sem carteira assinada e não contribuíam com a previdência social
Além disso, a população negra é a maioria entre os desempregados, entre mulheres e homens. Em relação ao rendimento médio, as mulheres negras têm os piores salários, cerca de 38,9% a menos que mulheres não negras, 53,7% a menos que homens não negros e 20,3% a menos que homens negros.
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Em cargos de gerência ou direção, a população negra representa apenas 33% dos trabalhadores.
A pesquisa também se dividiu entre as regiões Norte, Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste para mostrar os índices de desigualdade racial no mercado de trabalho regionalmente. Em todas as regiões, com exceção do Sul e Sudeste, a população negra era maioria em todos os estados, mas continuava recebendo salários menores, mesmo entre trabalhadores com ensino superior completo. Além disso, mulheres negras e homens negros eram maioria entre trabalhadores sem proteção social.
No Sudeste, a população negra era maioria em três estados, com exceção de São Paulo. Já no Sul, a população não-negra era maioria em todos os estados.
Confira o levantamento completo por meio deste link.
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