DIVERSIDADE

Peru aprova o casamento LGBTQIA+: veja quais países sul-americanos ainda não permitem união

Decisão da Suprema Corte do Peru torna uniões estáveis e casamento entre pessoas do mesmo sexo legal

Protesto em Iquitos, na Amazônia Peruana, comandada por grupo LGBTQIA+, em 2013Créditos: Percy Meza
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A Suprema Corte do Peru autorizou o casamento e a união estável entre pessoas do mesmo sexo em decisão histórica nesta sexta-feira (241.

O país se une a Brasil, Argentina, Guiana Francesa, Chile e Colômbia como os países do continente sul-americano que conquistaram o direito e asseguram o casamento igualitário.

A decisão da Suprema Corte vem após um casal processar um cartório que não reconheceu a união civil entre dois homens que havia sido realizada em outro país. O casamento havia ocorrido em 2019.

Uma pesquisa da Ipsos de 2021 mostrou que 68% da população era a favor do reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país. Contudo, 61% eram contra a presença de pessoas LGBTQIA+ no funcionalismo público.

Vale ressaltar que tanto as campanhas de Keiko Fujimori, à direita, quanto de Pedro Castillo, presidente de esquerda eleito que foi deposto neste ano, que disputaram o segundo turno do país em 2021, eram extremamente conservadoras e anti-LGBTQIA+.

Atualmente, existem quatro países que não reconhecem o casamento de pessoas na América do Sul: Venezuela, Suriname, Guiana, e Paraguai.

Na Guiana, as leis sobre pessoas LGBTQIA+ são rígidas e podem levar à prisão, apesar de o país não exercer mais esse tipo de punição há anos. 

Na Bolívia, a união civil é permitida, mas casamentos não são reconhecidos.