Não há a menor justificativa para que o humorista Fábio Porchat ou quem quer que seja defenda o colega Leo Lins. Suas piadas, se é que se pode chamar de piadas, são racistas e racismo é crime.
E não há crime que possa ser justificado através do argumento da liberdade de expressão.
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Léo Lins, por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), teve que deletar um especial em seu canal no YouTube, publicado em 2022.
Segundo a decisão da juíza Gina Fonseca Correa, que atendeu pedido do Ministério Público, o show do humorista "estaria reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados". Entre os temas, são mencionadas "piadas" com a escravidão, perseguição religiosa, minorias, pessoas idosas e com deficiência.
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Vídeos proibidos
Além disso, a decisão da Justiça proíbe que o humorista publique, transmita ou mantenha em seus canais "conteúdo depreciativo ou humilhante em razão de raça, cor, etnia, religião, cultura, origem, procedência nacional ou regional, orientação sexual ou de gênero, condição de pessoa com deficiência ou idosa, crianças, adolescentes, mulheres, ou qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável".
A decisão da juíza também proíbe que Léo Lins deixe a cidade de São Paulo por mais de dez dias sem autorização judicial e determinou que ele compareça mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades.
Para quem ainda tem dúvida, militantes dos direitos humanos e do movimento negro, como o Vinicius Wu, postaram trechos de algumas das “piadas” execráveis de Léo Lins. Veja abaixo: