BIG BROTHER BRASIL

BBB: racismo já foi pauta em outras edições do programa; relembre

Big Brother Brasil já gerou discussão nas redes sociais por exibir casos de racismo

Fred Nicácio foi alvo de racismo no BBB 23 Créditos: Reprodução/TV Globo
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Os casos de racismo no Big Brother Brasil são, infelizmente, recorrentes. O sucesso de audiência, considerado um dos carros chefes da TV Globo, já exibiu diversos comportamentos de cunho discriminatório.

Casos de discriminação racial, exclusão ou perseguição a personagens negros e racismo religioso chamaram atenção nas últimas edições do BBB. Racismo é crime e precisa ser denunciado.

Racismo BBB 23

No BBB 23, houve diversas acusações de racismo. O programa foi o primeiro a ter uma maioria negra na casa, em um top 10 com sete pessoas negras.

O principal caso de racismo no Big Brother Brasil deste ano foi contra Dr. Fred Nicácio. Os participantes Key Alves, Christian e Gustavo fizeram comentários racistas sobre a religião de matriz africana do médico, o Candomblé.

"Racismo mata, não é como decepção que não mata e ensina a viver. Racismo mata pessoas todos os dias. Me mata desde que eu nasci. Eu tenho um alvo nas minhas costas desde que eu nasci apenas por ser preto", declarou Fred no programa.

"Vocês nunca vão saber o que que é ser diminuído porque as pessoas não acreditam que você é médico, porque você tem que ser o faxineiro", completou o médico.

Key Alves, que se autodeclara branca, também afirmou ter "sangue de negão" durante a edição.

 Além disso, a participante do BBB Bruna Griphao chegou a ser acusada de racismo por chamar Nicácio de 'urubu de luto'. A atriz global também foi convidada por Domitila a refletir sobre seus privilégios por reproduzir racismo estrutural.

Racismo BBB 22

No início da edição 2022 do Big Brother Brasil, um caso de racismo ficou marcado no programa. à época, as participantes Bárbara, Eslovênia e Laís teriam imitado um macaco após falar sobre a modelo Natália, que é negra.

A história gerou debate, mas não levou a casos criminais. Além disso, os participantes do BBB Douglas Silva e Natália foram vítimas de ataques racistas em suas redes sociais durante o programa, com diversas ameaças.

Racismo BBB 21

No BBB 21, o racismo foi um tema de debate. Naquela edição, a alta rejeição de Karol Conká, Nego Di e Projota pareceu justificada, à época. Contudo, ela se tornaria um ponto de reflexão posteriormente: por que o Brasil cancelou tão facilmente Karol Conká e os negros do programa?

Também na edição 21 do Big Brother Brasil, o participante Rodolffo fez um outro comentário. Ao vestir uma peruca de "homem das cavernas", o cantor sertanejo afirmou que a peruca se parecia com o black power de João.

A fala de Rodolffo foi extremamente criticada e levou a reclamações de João dentro do próprio programa. Durante um jogo da discórdia, João confrontou o sertanejo pelo caso de racismo.

“Você não sabe, você pode não sentir, mas eu sinto isso todo dia, desde o dia que eu nasci”, disse o professor de geografia. Logo depois, o cantor foi eliminado pelo público.

Racismo BBB 20

Durante o  BBB 20, houve um principal caso de racismo, que foi a perseguição da participante Ivy contra o participante Babu. Além de chamar o ator negro de "monstro" e dizer ter "medo" de Santana, Ivy debochou do pente utilizado por Babu para cuidar de seu black.

Hadson Nery, o Hadyballa, criticou as cotas raciais no programa. No mesmo BBB, Gizelly afirmou que Thelma Assis passava "barro" no rosto para se maquiar por ser negra.

Edições anteriores

Em edições anteriores do BBB, também houve casos de racismo. A participante Paula von Sperling, que acabaria ganhando o programa naquele ano, fez diversos comentários racistas ao longo do programa, utilizando a expressão "cabelo ruim", "carvão" para se refetir à pele retinta.

Junto ao participante Maycon, fez falas com cunho de intolerância religiosa contra os participantes Rodrigo, Gabriela, Rízia e Danrley. O BBB 19 ficou marcado pela vitória de uma mulher que fez diversos comentários racistas. O reality foi apontado por muitos como a pior edição da história do programa. Paula foi indiciada por intolerância religiosa na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

No BBB 15, o participante Luan, que é negro, fez um das falas mais racistas da história do programa. “Rouba essa concha aí. Dá uma de ladrão mesmo. Sabe que preto é f*”, disse ele. A participante Angélica, também negra, discordou: “Para de falar isso. Não tem nada a ver a índole de roubar com a raça negra”, explicou.

Em edições mais antigas do BBB, houve casos similares. Infelizmente, como o debate não era tão presente na sociedade brasileira, muito se perdeu sobre o tema.