Dor de cabeça, náusea, vômito, tontura, sufocação, redução da pressão sanguínea e depressão do sistema nervoso. Estes são os sintomas que acompanham os funcionários de postos de combustível, por causa do tempo que respiram o vapor da gasolina, durante a jornada de trabalho no abastecimento de veículos.
A maioria dos consumidores, quando leva o automóvel ou caminhão para encher o tanque, desconhece que combustível derivado de petróleo contém benzeno, substância cancerígena, responsável por milhões de mortes de trabalhadores em diversos países. O problema é grave, porque boa parte das empresas não considera o meio ambiente, como algo que deve ser respeitado, principalmente quando a saúde do funcionário corre risco.
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O livro “Por que o meio ambiente é tão importante ao trabalhador”, autoria do jornalista Luís Alberto Alves, revela que no interior de algumas empresas, não existe a preocupação, por exemplo, de manter um banheiro limpo corretamente (essa regra vale para chão de fábrica e escritórios), para que esse local não se torne fonte de transmissão de doença contagiosa, como a hepatite.
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Morte
O problema é que muitas empresas investem nas mídias sociais vendendo a imagem de respeito ao meio ambiente, tentando manter sintonia com as regras atuais da sociedade, como empresa do bem. Mas na sua rotina diária não apresentam mecanismos de como descartar os resíduos que saem de suas linhas de produção. Quando se trata da indústria farmacêutica, a questão é mais séria, visto que os resíduos químicos, que podem ser sólidos ou líquidos, podem provocar sérios danos à saúde.
Esses resíduos são agressivos, contra o trabalhador e seus familiares, por que muitos deles levam os uniformes para lavar em casa. Junto transportam bactérias responsáveis por transmissão de diversas doenças, principalmente em crianças. Os resíduos químicos são perigosos porque podem entrar no corpo humano e de animais por meio das vias respiratórias, pele ou ingestão, podendo provocar até a morte.
Segundo o autor do livro “Por que o meio ambiente é tão importante ao trabalhador”, a palavra meio ambiente ficou de fora, durante muitos anos, das pautas de negociação entre sindicatos de trabalhadores e patronais. A pauta se resumia apenas ao campo econômico. Investimento em EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), na maioria das vezes era carta fora do trabalho durante as discussões entre representantes de patrões e empregados.
Amianto
Exemplo disto ocorreu com o amianto, responsável por inúmeras mortes no mundo. Para ser banida do Brasil, essa luta só teve fim em 29 de setembro de 2017, quando, por 7 x 2 votos o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou inconstitucional o artigo 2º da Lei Federal nº 9.055/1995, permitindo o amianto de tipo crisotila. Porém, antes em 24 de agosto de 2017, o STF considerou improcedente a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) nº 3.937, ajuizada pela CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria).
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 125 milhões de trabalhadores estão expostos ao amianto. Mais triste: 107 mil morrem anualmente por causa de doenças relacionadas a essa substância. De acordo com a OMS, todos os tipos de amianto são considerados cancerígenos, atacando principalmente membranas que revestem órgãos como os pulmões. No Brasil, ele era utilizado na produção de telhas e caixas d´água. Essa enfermidade demora até 40 anos para se manifestar e quando ocorre mata o trabalhador no prazo de um ano.
Outra bomba relógio que pode explodir nas mãos dos funcionários em indústrias alimentícias e comércio de refeição, são as DTAs (doenças transmissíveis por alimentos), que segundo profissionais da área da saúde podem chegar a cerca de 250 tipos diferentes, a maioria causada por bactérias. A contaminação ocorre por contato entre determinado alimento, bebida e um objeto, que pode ser fios de cabelo, joias e acessórios, unhas, pedaços de embalagem, resíduos de sujeira entre outros.
Neste livro, com 86 páginas, o autor cita diversos casos em que o trabalhador se torna vítima de contaminação no local onde se encontra empregado, na maioria das vezes porque as regras ambientais são desrespeitadas ou não merecem a devida atenção pelo empregador. A obra é fruto de 12 anos de trabalho, escrevendo textos a respeito do meio ambiente, inclusive participando no início dos anos 2000, de três conferências ambientais em âmbito nacional, que ocorreram em Brasília, e também de 15 anos atuando como assessor sindical.
Serviço
Título: Por que o meio ambiente é tão importante ao trabalhador
ISBN: 978-65-00-79037-5
Autor: Luís Alberto Alves
Páginas: 86
Formato: 14X21
Preço: R$ 39,00