Uma verdadeira metamorfose. Assim, podemos definir a transformação na vida de Ricardo Petraglia. O ator, que brilhou em inúmeras novelas de sucesso, especialmente na Globo, mudou radicalmente.
Ele se afastou da TV, vive recluso em um sítio em Xerém, no Rio de Janeiro, ao lado da esposa Marília e de três cachorros. Além disso, mudou de nome e hoje se chama Mohammed Abdullah, após conversão ao islamismo.
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Sua última novela foi “Os Dez Mandamentos??, exibida pela Record, em 2015. Atualmente, pode ser visto na telinha da Globo com as reprises de “A Viagem” (1994), em que interpreta Diogo, e de “História de Amor” (1995), em que dá vida ao enfermeiro Xavier.
Aposentado da TV, Mohammed se dedica a causas que classifica como importantes. Um dos assuntos que mais defende é a descriminalização da maconha. “Se Deus fez a planta, quem somos nós para criticar a obra?”, questionou.
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Em relação ao tema, o ator, inclusive, concedeu entrevista ao Fórum Onze e Meia, em 2021. À época, ele criticou o Projeto de Lei 399/2015, pois o texto original, que versava sobre o autocultivo e a descriminalização da cannabis, foi desfigurado para atender aos interesses da indústria farmacêutica.
“Em 2015 esse PL ainda continha o autocultivo, as associações, enfim, era a descriminalização da planta. Uma maneira de ser combatida a doença, o preço altíssimo que se paga por esses remédios e uma maneira fatal de terminar, atacar, acabar o narcotráfico, que é um dos maiores problemas sociais e de segurança do Brasil", criticou.
Para ele, "o projeto foi sendo mutilado ao logo desses anos e foi excluído o autocultivo. Esse PL 399, na minha opinião, é uma reedição da lei de 1830 que foi feita aqui no Brasil. Essa lei criminalizava o usuário do pito do pango. Então, o escravo não podia fumar o pito do pango e os comerciantes, que vendiam a famosa erva de Angola, pagariam uma multa. Quer dizer: escravo era preso e comerciante pagava uma multa”, disse à Fórum.
Transformação espiritual
Dois anos depois dessa entrevista, em 2023, o ator passou por uma transformação espiritual. Em viagem à Ásia, teve contato direto com o islamismo e resolveu se converter. A partir dali, adotou o nome Mohammed Abdullah.
“Fui para o Paquistão. Lá, me encontrei com a fé muçulmana. Me converti ao islamismo. Adotei o nome de Mohammed Abdullah, que foi sugerido por um grande amigo meu, uma espécie de padrinho nesta nova jornada”, destacou.
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