O bloco “Tô no Oscar” tocou a canção “Cálice”, de Gilberto Gil e Chico Buarque, em frente ao busto de Rubens Paiva, que fica na Praça Lamartine Babo, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. O local é onde fica o Quartel do 1º Batalhão de Polícia do Exército, em que o ex-deputado foi torturado, morto e teve o corpo desaparecido em janeiro de 1971.
A reverência à estátua do ex-deputado, um dos personagens centrais do filme “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho dele, foi compartilhada nas redes e provocou muita emoção. Um folião ainda colocou uma réplica da estatueta do Oscar ao lado do busto.
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O longa é indicado em três categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com Fernanda Torres, que fez o papel de Eunice, viúva de Paiva.
Veja abaixo:
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Bolsonaro cuspiu em busto de Rubens Paiva
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recém-indiciado pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado entre outros crimes, e às portas da prisão, cuspiu em um busto de Rubens Paiva na Câmara dos Deputados. O fato, lembrado por Chico Paiva Avelino, neto do deputado, aconteceu em 2014, durante a cerimônia de inauguração do busto:
“Em 2014, a Câmara dos Deputados fez uma tocante homenagem ao meu avô, Rubens Paiva: inauguraram um busto com a sua imagem em função de sua incessante luta pela democracia – causa pela qual ele literalmente deu a vida”, escreveu Chico. “Minha família foi em peso. Emocionadas, minha mãe e minha tia fizeram discursos lindos e orgulhosos sobre a memória do pai. No meio de um deles, fomos interrompidos por um pequeno grupo que veio se manifestar. Era Jair Bolsonaro, junto com alguns amigos (talvez fossem os filhos, na época eu não sabia quem eram), que se deu ao trabalho de sair de seu gabinete e vir em nossa direção, gritando que 'Rubens Paiva teve o que mereceu, comunista desgraçado, vagabundo!'. Ao passar por nós, deu uma cusparada no busto. Uma cusparada. Em uma homenagem a um colega deputado brutalmente assassinado.”
