A história parece ficção, no estilo da série “Bebê Rena”, mas é verdade e aconteceu com a atriz Débora Falabella. Ela foi perseguida de maneira sistemática por uma fã desde 2013. A mulher mandava presentes aos locais em que a atriz se apresentava, cartas com teor íntimo e mensagens intimidantes.
A atriz se apresentava no teatro Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro, em 2015, quando a mulher esperou por ela num local restrito para, ao fim da peça, tentar forçar a entrada no camarim. Acabou sendo retirada à força pelos seguranças.
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Débora Falabella fez uma queixa em 2022 contra a mulher.
O caso foi finalmente julgado e a mulher foi inocentada no processo que respondia por perseguição e crimes contra a liberdade. A juíza Juliana Trajano de Freitas Barão, da 1ª Vara Criminal da Barra Funda, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), considerou a ré incapaz de compreender a gravidade dos seus atos.
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) foi contrário à decisão e deve recorrer.
Teste de sanidade mental
A perseguidora passou por um teste de sanidade mental, em março deste ano, a pedido da Justiça. O exame constatou que ela é inimputável. Foi então recomendado tratamento ambulatorial. O fato pesou na decisão da juíza.
A juíza determinou que a ré seja acompanhada por, no mínimo, dois anos. Apesar de ela ter sido considerada inocente, a medida restritiva foi mantida. Ela não pode se aproximar em um raio de dois mil metros de Débora Falabella. Mesmo considerada inimputável, caso venha a descumprir a medida restritiva ela pode voltar a responder pelos crimes.
A defesa da mulher alegou que ela não cria risco a ninguém. Além disso, ainda foi acrescentado ao processo um laudo de esquizofrenia realizado em 2004.
O caso corre em segredo de Justiça e o f5, da Folha obteve os documentos. Nenhuma das partes quis se pronunciar sobre o assunto.