O cantor e compositor Odair José, 75 anos, acaba de lançar um álbum de inéditas e, mais uma vez, surpreende. O autor de canções tabus como “Pare de tomar a pílula” e “Eu vou tirar você desse lugar” desfia novamente a modernidade em “Seres humanos e a inteligência artificial” e, como o nome indica, lança mão da mais nova geringonça digital, a inteligência artificial.
Odair José começou a compor as canções do novo álbum antes da pandemia. O disco foi gravado totalmente pelo seu autor, pelo multi-instrumentista Junior Freitas e pela IA, que, segundo ele conta, só não participou da composição.
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Ele mesmo explica em entrevista exclusiva ao jornal O Globo:
“Ela (a IA) tocou bateria, tocou percussão, criou vozes... na faixa ‘Seres humanos’, eu poderia até ter usado a minha voz, ou a do meu amigo Zeca Baleiro, que é grossa, mas resolvi usar a da inteligência artificial, para ficar algo diferente. E em ‘O submisso’, ela tocou baixo e piano e ainda programou a bateria eletrônica. As pessoas já estão usando inteligência artificial, eu apenas estou assumindo que usei. E poderia ter usado melhor se eu não tivesse estourado o meu prazo de lançamento do disco”, afirma.
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Canções com as de Tom Jobim
Ainda durante a entrevista, Odair José diz que a IA não seria capaz de fazer canções como as de Tom Jobim, “ela não faz, porque ainda não chegou lá.”
“Mas se você pedir para ela fazer uma música, essas coisas mais simples, que estão fazendo sucesso, aí ela faz um monte, sim. Então quer dizer: ela talvez possa fazer um disco de Odair José”, ironiza.