João Henrique Caldas, o JHC (PL), prefeito bolsonarista de Maceió do mesmo grupo político do deputado federal Arthur Lira (Progressistas), presidente da Câmara, acaba de bater seu próprio recorde em desperdício e descaso com recurso público. Ele contratou o também bolsonarista Gusttavo Lima por R$ 1,2 milhão, superando o valor de R$ 980 mil pago ao mesmo artista no ano passado.
A apresentação do sertanejo está programada para ocorrer no próximo dia 23 de junho durante o São João Massayó 2024. O evento, segundo informações do Jornal de Alagoas, vai devorar dos cofres públicos mais de R$ 22 milhões entre cachês, montagem de estrutura e divulgação. A contratação foi publicada nesta quarta-feira (12), no Diário Oficial de Maceió.
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Maceió, conforme tem sido detalhado pela imprensa nacional, enfrenta várias dificuldades econômicas, sociais e ambientais. Além disso, enquanto artistas locais relatam atrasos nos pagamentos e falta de suporte para a cultura regional, a prefeitura não consegue explicar o aumento de mais de 20% no cachê de Gusttavo Lima, que já era extorsivo.
Protesto de artistas
Na última terça-feira (11), artistaa da cidade protestaram na sede da Prefeitura de Maceió, com um caixão simbolizando a “morte” da cultura sob a gestão de JHC. Eles portavam faixas que diziam “A cultura alagoana pede respeito” e “Ser artista em Maceió não é massa”. Alguns artistas alegavam estar com o cachê atrasado desde o São João de 2023.
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Durante o show de Gusttavo Lima do São João de 2023, JHC subiu ao palco ao lado de Gusttavo Lima e ficou por lá cantor durante cerca de três minutos, trocando elogios, afagos e selfies.
O contrato de R$ 1,2 milhão para a festa deste ano é o maior já registrado pela prefeitura de Maceió para um único artista. Além dele, se apresentarão também Luan Santana, com cachê de R$ 700 mil; Raphaela Santos, R$ 250 mil e Zé Neto R$ 35 mil.