A cantora Madonna se apresentou no último sábado (4) no Rio, na praia de Copacabana, e quebrou vários recordes. O primeiro deles foi o de público que, segundo a Riotur, foi de 1,6 milhão de pessoas: o maior da cantora e o quinto maior do mundo.
Além de ter quebrado o seu próprio recorde no que diz respeito ao público, o show de Madonna superou todas as expectativas das autoridades cariocas no que diz respeito ao retorno financeiro para o Rio e à segurança durante o espetáculo.
Te podría interesar
De acordo com dados divulgados pelas autoridades do Rio, o show de Madonna trouxe um retorno financeiro para o Rio acima de R$ 300 milhões. A Prefeitura e o governo estadual trabalhavam com um retorno de até R$ 300 milhões, ou seja, foi superado.
- O público do show, que era estimado em 1,5 milhão de pessoas, ultrapassou a marca de 1,6 milhão.
- A rede hoteleira teve 96% de ocupação, número semelhante aos feriados como Réveillon e carnaval.
- Segundo a Polícia Militar do Rio, apenas 38 pessoas foram conduzidas às delegacias de Copacabana.
- Foram cumpridos apenas quatro mandados de prisão e apreendido um adolescente.
- Um homem foi preso identificado pelo sistema de reconhecimento facial montado na região.
- Foram apreendidos cerca de 160 objetos perfurocortantes nos pontos de revista e bloqueio.
- Foram registradas 213 ocorrências, com 7 presos e 7 adolescentes infratores apreendidos.
Como se vê, além do retorno econômico acima do esperado, a organização do show de Madonna na praia de Copacabana também foi de excelência e reafirma a importância de grandes eventos culturais para a movimentação econômica em nível local e nacional.
Te podría interesar
Madonna inspira novo dress code da Parada LGBT de SP que irá descabelar bolsonaristas
O histórico show da Madonna na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, continua em pauta no debate público quase 48 horas depois do seu fim. Ao longo desta segunda-feira (6) e do último domingo as redes sociais foram tomadas por uma série de embates entre setores progressistas e bolsonaristas em disputa pela narrativa acerca do evento. Um desses pontos em disputa é o uso por parte da cantora da camiseta amarela e verde da seleção brasileira, que nos últimos anos ficou sob monopólio da extrema direita.
E foi justamente pensando nisso que a organização da Parada LGBTQIAP+ de São Paulo fez a convocação da 28ª edição da marcha sugerindo um 'dress code' que irá descabelar os bolsonaristas. Em sua conta do Instagram, a organização não governamental que promove o evento sugeriu que os presentes se vistam com as cores nacionais e levem consigo, como um adendo ao visual, a famosa bandeira com as cores do arco-íris.
"Madonna e Pabllo Vittar ressignificaram o uso da bandeira do Brasil no show histórico realizado no último fim de semana nas areias de Copacabana. A bandeira verde-amarela havia sido apropriada pela ala mais retrógrada da sociedade, aquela que utiliza o amor à pátria como um disfarce para propagar o ódio. Lideranças nefastas têm buscado reverter os direitos civis conquistados pela comunidade LGBT+", escreveram os organizadores.
O lema da 28ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo foca justamente essa "ala retrógrada" e sua representação parlamentar, que não tem medido esforços em limitar e reduzir os direitos conquistados pela comunidade LGBTQIAP+. "Basta de negligência e retrocesso legislativo" é a frase que irá nortear a ação política da maior parada LGBT do mundo, que ocorre no próximo dia 2 de junho.
"A Parada SP convoca toda a população para comparecer na Avenida Paulista no próximo dia 2 de junho, na 28ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, vestida com as cores verde e amarela, e empunhando bandeiras do Brasil e do arco-íris, para celebrar a retomada dos nossos símbolos e lembrar que 'Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo'”, finaliza a organização.