Após o histórico show do último final de semana na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, a cantora Madonna parece mesmo ter “alugado um latifúndio na cabeça” da extrema direita brasileira, como diz uma famosa expressão popular. Nesta segunda-feira (6) um importante deputado federal bolsonarista denunciou a Rainha do Pop ao lado das cantoras Anitta e Pabllo Vittar por terem conduzido uma “performance imoral”.
Mas Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que é também o segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, foi além da denúncia em forma de crítica e moção de repúdio para uma tentativa de processar as artistas. Depois da sua nota de repúdio ao show, ele formalizou suas denúncias ao Ministério Público Federal e ao Conselho Nacional dos Direitos da Crianças e do Adolescente (Conanda) para ver consegue enquadrá-las na Justiça.
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Seu principal argumento é o fato de o evento ter sido público, transmitido ao vivo na televisão aberta e não ter uma classificação indicativa. Na sua opinião, a “performance imoral” expôs menores de 18 anos a conteúdo sexual.
“A ausência de divulgação da classificação indicativa resultou na exposição de menores a conteúdo sexual de forma indevida, incompatível com suas idades, protagonizada pela primeira representada (Madonna) e seus convidados. A presente moção se faz necessária diante da preocupação crescente com os efeitos nocivos provocados por eventos que promovem a erotização explícita e a pornografia, como ocorreu no mencionado show. Esse tipo de espetáculo não apenas desrespeita o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas também compromete o desenvolvimento saudável e adequado de nossos jovens”, afirmou o parlamentar.
Ele acusa o trio de divas pop de “promover atos imorais” por conta das encenações de relações sexuais realizadas no palco. Resta ver se o MPF e o Conanda levarão a sério, ou não, as reclamações do parlamentar.