Caetano Veloso e Paula Lavigne estão sendo processados na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro por Edna Santos, governanta que trabalhou para o casal a partir de 2002. São duas ações movidas após a demissão da trabalhadora, no último dia 6 de maio.
Enquanto os patrões acusam a ex-funcionária de ter roubado dólares e bebidas alcoólicas, a governanta aponta que a acusação é infundada e que, além disso, também foi vítima de abusos psicológicos e morais da parte de Lavigne.
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Segundo reportagem publicada pela Veja São Paulo, a demissão teria sido causada após a trabalhadora ser acusada de ter roubado as bebidas e o dinheiro, de ter se hospedado numa casa dos patrões na Bahia e de ter utilizado um veículo da empresa do cantor para benefício próprio.
Após a publicação, a defesa da governanta usou as redes sociais para criticar a matéria e dar a versão da trabalhadora sobre as acusações. “Edna é uma mulher periférica humilde, não tem influência cultural e política como a parte adversa”, explicaram os advogados.
“O episódio culminante ocorreu em maio deste ano. Paula Lavigne iniciou uma investigação privada para apurar responsabilidades sobre o sumiço de uma quantia de dólares de sua casa. Para isso, valeu-se de métodos pouco democráticos e gravíssimos para inquirir funcionários – dentre eles Edna, constante e indevidamente acusada de forma indireta por Paula”, diz a nota assinada pelos advogados Christiano Mourão, Gabriella Ventura e Claudio Virgulino.
A seguir, ainda no âmbito da investigação privada, a governanta teria entregue extratos bancários dos últimos sete anos para provar sua inocência, mas não obteve êxito.
“Em 3 de maio Paula confiscou o telefone de Edna e violou o sigilo de suas comunicações acessando conversas pessoais e fazendo backup de dados privados”, finaliza o comunicado da defesa que anuncia que além dos processos trabalhistas também tomará medidas em outras instâncias.
Na Justiça do Trabalho
Na Justiça do Trabalho, uma das ações quer que Caetano e Lavigne provem as acusações que resultaram na demissão da trabalhadora. Também pede o ressarcimento do aparelho celular recolhido pela patroa e uma indenização trabalhista de R$ 2,6 milhões.
O valor abarca adicionais noturnos, acúmulo de funções, horas extras não pagas, remuneração irregular, entre outros. Edna ganhava salário de R$ 4.800, mas R$ 2 mil seriam informais, o famoso “por fora”. O processo ainda é avaliado pela Justiça.
A segunda ação é contra o despejo de Edna. Ela morava com os dois filhos em um apartamento de Paula e Caetano em Ipanema. Logo após a demissão, recebeu um pedido de desocupação do imóvel em até 30 dias.
No entanto, em 8 de maio, apenas dois dias depois da demissão, Paula Lavigne solicitou a entrada de uma arquiteta que avaliaria o imóvel. A trabalhadora obviamente não gostou da ideia e pede à Justiça que negue a entrada da profissional.
A juíza Lívia dos Santos Vardiero Crespo, da 28ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, concedeu uma liminar que atende ao pedido da governanta durante os 30 dias em que poderá seguir ocupando o imóvel. O prazo se encerra em 5 de junho.