“Após semanas de espera e apreensão, finalmente conseguimos entrar no estoque da editora pela primeira vez desde as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul”, escreveu o perfil oficial da editora gaúcha L&PM Pocket pelas redes sociais. No último dia 14, a editora emitiu uma nota afirmando que tanto o escritório como o depósito da empresa, localizados em Porto Alegre, encararam inundações de pelo menos um metro e que ainda não conseguiam estimar as perdas.
Havia cerca de 900 mil livros no estoque oriundos de dois mil títulos diferentes. Na foto, é possível observar que clássicos da escritora Agatha Christie e do poeta Charles Bukowski foram perdidos. “Tivemos perdas menores do que esperávamos em relação ao estoque (cerca de 10.000 livros), mas perdas consideráveis em relação aos móveis e equipamentos, tanto do depósito como da sede”, afirmou a L&PM. “A jornada foi árdua, e encontramos muitos livros danificados pela água.”
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A editora informa que ainda deve retornar às atividades. "Pretendemos voltar a operar em uma semana ou quando restabelecerem a energia elétrica no 4º Distrito. Agora, nosso foco está na limpeza do local, na recuperação do que restou e no amparo dos nossos colaboradores", afirmam os editores em nota.
A L&PM
A editora é famosa por fazer edições populares de obras clássicas e é bastante lida na por brasileiros por oferecer preços competitivos e estar facilmente disponível em bancas de jornais das capitais. Também ganhou notoriedade por dar espaço a autores que haviam sido censurados ou perseguidos durante a ditadura militar brasileira.
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Fundada em 1974 por Pinheiro Machado e Paulo de Almeida Lima, a L&PM Pocket também funciona em São Paulo por meio da distribuidora Catavento. Por isso ainda não cogita lançar uma campanha de arrecadação.