Falecido no último sábado (6) aos 91 anos, o cartunista Ziraldo foi velado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro neste domingo (7). A cerimônia foi aberta ao público e, além de amigos e familiares de um dos maiores nomes da literatura infantil brasileira, os fãs marcaram presença.
Bonecos do Menino Maluquinho, seu personagem mais famoso, e de Jeremias, o bom, uma das suas primeiras criações, adornam o caixão do artista. Daniela Thomas, cineasta e filha de Ziraldo, disse à imprensa que se orgulha do caráter atemporal do trabalho do pai, que alcança várias gerações.
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“Meu pai é uma pessoa cuja obra tem uma grande conexão com as pessoas. Naquelas filas enormes das bienais vinham o avô, o filho e o neto, às vezes o bisneto. Todos com um livro esmagado, lido, usado. E isso é lindo”, afirmou
Sua irmã, a diretora de cinema Fabrizia Pinto, aproveitou a presença de um fã ilustre, o prefeito Eduardo Paes, para pedir que fosse feita uma estátua do pai, como fizeram com Carlos Drummond de Andrade de quem Ziraldo era fã.
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“Há muitos anos sonho que meu pai tem uma estátua no Rio como a do Drummond”, disse.
Sabendo do desejo dos familiares, Paes rapidamente declarou que irá atendê-lo. Questionado por jornalistas, disse que “Ziraldo é um mineiro que marcou a história do Rio de Janeiro e construiu um legado de educador, de homem da cultura e de pessoa interessante que era. Uma vida bem vivida. Merece todas as homenagens possíveis”.
O sepultamento de Ziraldo ocorre no momento em que essa matéria é publicada, no Cemitério São João Batista, na zona sul do Rio.