A dramaturgia brasileira está de luto. O ator Emiliano Queiroz morreu, nesta sexta-feira (4), aos 88 anos, em consequência de parada cardíaca.
Ele ficou internado por dez dias na Clínica São Vicente da Gávea, no Rio de Janeiro, em função de ter colocado três stents no coração. Recebeu alta nesta quinta (3).
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A informação foi confirmada pela assessoria da peça “A Vida Não é Justa”: “Às 4h30 acordou, tomou banho e disse que estava morrendo. Ele foi para o quarto, começou a passar mal por vota das 6h da manhã. A ambulância chegou e o levou para a emergência do hospital, onde teve uma parada cardíaca. Foi entubado e reanimado, mas às 10 horas, faleceu”, divulgou a assessoria.
Eduardo de Souza Barata, produtor, diretor teatral e jornalista, usou as redes sociais para lamentar e homenagear Emiliano. “Já era um ser de muita luz, agora, no plano espiritual, tenho certeza que ele continuará a iluminar e transmitir talento, bondade e sabedoria”.
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“Muito triste, mas também muito agradecido pela potente trajetória, legado artístico e cultural, que esse grande homem das artes deixa para o nosso país”, acrescentou Eduardo.
A trajetória de Emiliano Queiroz
Emiliano nasceu no dia 1º de janeiro de 1936, em Aracati, Ceará, e somou mais de 70 anos de carreira artística. Precoce, começou aos 8 anos de idade no rádio.
Já locutor, teve sua primeira experiência no teatro aos 15 anos e passou a morar no Rio de Janeiro na década de 1960. Além disso, era contratado da TV Globo desde sua inauguração. Participou, inclusive, da primeira novela da história da emissora: “Ilusões Perdidas”.
Emiliano interpretou Dirceu Borboleta na novela “O Bem-Amado”, de Dias Gomes, exibida pela Globo em 1973, um de seus papéis mais marcantes. O ator participou de mais de 40 novelas na emissora, além de seriados e minisséries.
No teatro, teve papéis de destaque, como a travesti Geni, em "Ópera do Malandro" (1979), e Veludo, em "A Navalha na Carne" (1969).
No cinema, marcou presença em “Avenida Beira Mar", em cartaz no Festival do Rio. Atuou, também, em "Independência ou Morte" (1972), "O Grande Mentecapto (1989)", "Tiradentes" (1999), entre muitos outros.
Foi premiado com o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado por uma participação de três minutos no filme "Stelinha" (1990), de Miguel Faria Jr.
Emiliano era casado havia 51 anos com Maria Letícia, advogada e atriz de 77 anos. O ator ajudou a criar 14 filhos, junto com a esposa, e deixa oito netos e três bisnetos.
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