Padre Júlio Lancellotti está sendo alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das ONGs, orquestrada pelo vereador bolsonarista Rubinho Nunes (União Brasil), e programada para iniciar em fevereiro na Câmara Municipal de São Paulo. No entanto, um manifesto contra a CPI já está se encaminhando.
Liderado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, um grupo estudantil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o documento esclarece que "essa CPI constitui clara manipulação política da extrema direita paulistana, colocando o padre Júlio Lancellotti como alvo com flagrante fim eleitoreiro", e já conta com apoio de personalidades do meio jurídico, incluindo advogados e professores.
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Chico Buarque, músico, cantor e escritor brasileiro, também aderiu e assinou ao manifesto para tentar derrubar a instalação da CPI. Na Câmara Municipal de São Paulo, a vereadora Luna Zarattini (PT) também apoia a iniciativa.
Nesta última quarta (3) e quinta (4), a notícia sobre a criação da CPI contra o pároco provocou uma onda de reações negativas. O X, antigo Twitter, explodiu com mais de 180 mil posts, além daqueles compartilhados via Instagram sobre o assunto. Entre eles, estão artistas, políticos e ativistas de todo o país.
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O presidente Lula também se pronunciou. "Graças a Deus a gente tem figuras como o @pejulio, na capital de São Paulo, que há muitos e muitos anos dedica a sua vida para tentar dar um pouco de dignidade, respeito e cidadania às pessoas em situação de rua. Que dedica sua vida a seguir o exemplo de Jesus. Seu trabalho e da Diocese de São Paulo são essenciais para dar algum amparo a quem mais precisa.”
De acordo com o texto, a criação da comissão é um ataque "descarado e ofensivo" contra o sacerdote, destacando o trabalho de Júlio Lancellotti na região da Cracolândia, na capital. "O compromisso do padre Júlio Lancellotti com a população em situação de rua e com a defesa dos direitos humanos e sociais não será esquecido ou apagado —por mais que a extrema direita tente."