CINEMA NEGRO

Centro Afrocarioca de Cinema se torna patrimônio imaterial do estado do Rio

Referência no incentivo à arte cinematográfica, Centro é importante fomentador de produções afrobrasileiras

Centro Afrocarioca de Cinema Zózimo Bulbul, na Lapa.Créditos: Reprodução
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O Centro Afro Carioca de Cinema Zózimo Bulbul, situado no coração da Lapa, no Rio de Janeiro, acaba de ser oficialmente designado como patrimônio histórico e cultural imaterial do Estado do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (11).

Projeto é da autoria da deputada Dani Balbi (PCdoB). O Centro é dedicado à promoção e reconhecimento da produção cinematográfica do Brasil, da África e do Caribe, por meio de atividades que abrangem formação técnica e artística, profissionalização e inclusão.

Também com realizações voltadas para o fortalecimento das relações internacionais com o Continente Africano, o Centro estimula o intercâmbio cultural entre o Brasil e a África, promovendo colaborações entre cineastas afro-descendentes brasileiros e cineastas africanos.

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Fundador do Centro Afrocarioca de Cinema

Seu fundador é Zózimo Bulbul (1937-2013), que percebendo a condição reservada aos negros nas telas decidiu escrever e dirigir seus próprios filmes, além de inaugurar um lugar de memória e celebração da arte africana, brasileira e caribenha. Em 1974, dirigiu o curta-metragem em preto e branco “Alma no Olho”, considerado uma das melhores obras da cinematografia afrodescendente.

Em 1988, lançou o seu longa metragem “Abolição”, que propõe uma reflexão crítica sobre a então os 100 anos da abolição da escravatura. Dirigiu também inúmeros curtas, sempre com um olhar para o negro na sociedade brasileira: “Aniceto do Império” (1981), “Samba no Trem” (2000), “Pequena África” (2002), entre outras grandes produções.

*Com informações de O Globo