Além de sua história original ser mais trágica do que a adaptada para os livros e filmes, como quase todos os contos da Disney, o livro “A Pequena Sereia” tem sua inspiração em um romance homossexual não correspondido entre o autor e um amigo.
Hans Christian Andersen escreveu, além do personagem da sereia, 168 outras histórias, como as clássicas "O Patinho Feio", "O Soldadinho de Chumbo" e "A Rainha da Neve" que inspirou "Frozen". Nascido em 1805 na Dinamarca, o escritor era bissexual e escreveu diversas cartas onde demonstrava o interesse em homens e mulheres. Uma dessas paixões foi a que inspirou o conto de “A Pequena Sereia”.
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Porém, diferentemente do livro, o casal não teve um final feliz. Pelo contrário, Hans não era correspondido pelo seu amor, Edvard Collin, que era hétero e se casou com uma mulher. Nas cartas endereçadas a Collin, Hans escreveu trechos como: “Sinto saudades de você como de uma linda garota da Calábria (região italiana)” e "a feminilidade da minha natureza e da nossa amizade deve permanecer um mistério".
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Assim, em 1837, após essa decepção amorosa, Andersen escreveu “A Pequena Sereia”, onde, na história original, ela também não é correspondida pelo príncipe, que se casa com uma humana. Por consequência, a Sereia morre se dissolvendo nas águas, como resultado do seu pacto com a bruxa do mar, caso não fosse correspondida no amor - mais uma revelação de um final trágico adaptado pela Disney.
As cartas amorosas do autor podem ser vistas no museu Hans Christian Andersen Hus (Casa de Hans Christian Andersen) na Dinamarca. A casa é dividida em dois espaços: um deles é a casa de infância do autor e o outro é o museu principal. Além da exposição dos escritos, conta com uma parte lúdica dos contos infantis.
*Com informações de UOL