Aconteceu neste último fim de semana, 12 e 13 de agosto, o Festival “Uma Doce Maravilha”, no Rio de Janeiro. Com curadoria de Nelson Motta, o evento prometia ser um deleite para os amantes da música brasileira, com nomes como Gilberto Gil, Marcelo D2, Caetano Veloso e Adriana Calcanhoto, mas no domingo (13), as chuvas trouxeram o caos ao festival, de tal forma que o público agora está exigindo seu dinheiro de volta.
O que aconteceu
Um dos shows mais aguardados do Festival Doce Maravilha e o carro-chefe do domingo (13) era o especial que Caetano Veloso faria em celebração aos 50 anos de seu histórico álbum “Transa”. O anunciado era que o show aconteceria às 20h30, mas Caetano Veloso só conseguiu subir ao palco à 1h da madrugada, quase 5 horas depois do previsto. Até lá, uma parte do público que desejava vê-lo já havia desistido e ido para casa.
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As chuvas e os ventos fortes, previstos já há uma semana pelos meteorologistas, mas ignorados pela organização do evento, castigavam o público desde o início do dia. Próximo das 20h30, quando Caetano deveria subir ao palco, a organização anunciou que Marcelo D2, previsto para se apresentar apenas às 23h, subiria ao palco antes do tropicalista.
Após a troca, mais problemas: o show do ícone da MPB teve que mudar de palco, pelos problemas climáticos que atingiam o Palco Amstel. A esposa de Caetano, Paula Lavigne, chegou a se pronunciar sobre a falta de organização do evento.
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“O palco que o Caetano teria que subir não tem a menor condição de se apresentar. O som pifou, está dando choque, o D2 parou no meio. Agora, o festival pediu que a gente mudasse de palco. Mas para isso vai demorar muito. Eu falei que achava que deveria cancelar, mas o festival insiste em mudar de palco. Essa é a situação. O Caetano está chegando e vai analisar”, disse.
Apenas por volta das 23h, foi confirmado que o show especial do álbum “Transa” de fato aconteceria, apenas com a mudança do Palco Amstel para o Palco Mangolab. À meia noite e trinta, a equipe de Caetano Veloso usou o Twitter do cantor para comunicar: “A chuva e fortes ventos inviabilizaram a realização no palco principal e, por segurança, o show foi transferido para o Palco Mangolab. Agradecemos a compreensão e pedimos um pouco mais de paciência. Começaremos em breve.”
O astro subiu ao palco à 1h da manhã. Um vídeo postado por uma internauta que acompanhou o show até o fim mostrou a situação caótica na saída do festival. O caminho estava coberto por lama e pessoas chegaram a pular o muro da Marina da Glória para conseguir sair.
Público pede o dinheiro de volta
Depois da experiência decepcionante, uma parte do público, que gastou, no mínimo, RS 150, está pedindo que a produção devolva seu dinheiro. A conta @nadamaravilha no Instagram foi criada para reivindicar a devolução.
Em uma das publicações, a conta resume a experiência como “um pesadelo para todos que estiveram lá”. “O ‘festival’ @umadocemaravilha foi um espetáculo de desorganização e amadorismo, uma ausência completa de preocupação com o público presente, um total despreparo em relação a chuva - nenhuma medida foi pensada para amenizar os seus efeitos (sendo que a previsão apontava chuvas fortes há mais de semana antes do evento), hiperlotação, nenhuma instrução ou indicações de saída”, dizia o post.
Famosos também saíram prejudicados
No Instagram, a atriz global Luísa Arraes, postou uma foto no Doce Maravilha e brincou: “Era pra ter sido um show, mas se tornou um episódio de No Limite”. Ela pediu para Paula Lavigne organizar outro e continuou: “fui eliminada depois que troquei de roupa, tirei a segunda, fiquei de maiô e continuei pegando chuva. Dei tudo de mim, juro.”
Nos comentários, a atriz e apresentadora Regina Casé respondeu por volta das 3h da manhã: “Saindo agora da prova de resistência esperando a chave de um carro zerinho!”
A produção do Festival “Uma Doce Maravilha” ainda não se pronunciou sobre as críticas.