O cantor e compositor Nando Reis soltou o verbo sobre os Titãs no segundo episódio de seu podcast narrativo, Lugar de Sonho. Ele relata que viveu ao lado da banda momentos bons e outros nem tanto, que acabaram por influenciar em sua saída, depois de mais de 20 anos de parceria.
"Na minha cabeça, a gênese e a definição dos Titãs como identidade musical se deram nos primeiros dez anos, enquanto o Arnaldo estava lá. Os dez anos subsequentes, que incluem o 'Acústico MTV', são consequências disso. Eu trato deles como um produto correlato daquilo que nós criamos antes", afirma.
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O ex-titã lembra que a banda chegou a fazer 200 shows por ano, em uma rotina em que tudo (menos as horas de sono) era em excesso —birita e drogas, principalmente.
"Eu vivi a infância e a adolescência aos 30 anos de idade. Eu faço essa relação. Eu deslumbrei, fiquei bobo, fiz um monte de bobagem", confessa. Para ele, muitas das decisões profissionais tomadas naquela época foram equivocadas. "Fomos gananciosos, preferimos o sucesso."
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Ele fala também sobre a amizade com Marcelo Fromer, morto após ser atropelado, em 2001, que ele considerava seu melhor amigo.
"A tragédia não terminou aí porque o Marcelo morreu em junho e a Cássia [Eller] morreu em dezembro do mesmo ano. No espaço de seis meses, eu perdi o meu melhor amigo e minha melhor amiga. Foi uma bomba na minha vida. Eu posso dizer que todas as decisões que eu tomei a partir daí, as mais drásticas, como a saída dos Titãs e também me separar, estão relacionadas a esses dois eventos", contou ele no podcast, criado para comemorar seus 60 anos de vida, celebrados em janeiro.