Morreu na última terça-feira (28), mas a notícia só foi divulgada neste domingo (2), o compositor japonês Ryuichi Sakamoto, vencedor do Oscar de 1987 pela música do filme "O Último Imperador", de Bernardo Bertolucci, feita em parceria com o americano David Byrne e o chinês Cong Su.
A informação foi confirmada nas redes sociais do compositor. O músico tinha 71 anos e sofria de câncer na garganta desde 2014 e de no cólon desde 2021.
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De acordo com o jornal The Japan Times, no ano passado Sakamoto disse que a doença tinha se espalhado pelos pulmões e por diversas outras regiões de seu corpo nos últimos anos.
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“Enquanto fazia o tratamento para um câncer descoberto em junho de 2020, Sakamoto continuou a criar trabalhos no seu estúdio em casa sempre que a sua saúde permitia. Ele viveu com a música até o fim”, diz o comunicado.
A obra
Ele fez várias outras trilhas sonoras para filmes de Pedro Almodóvar (“Saltos Altos”), Oliver Stone (a série “Wild Palms”), Brian de Palma (“Os Olhos da Serpente”, entre outros), Luca Guadagnino (“The Staggering Girl”) ou Alejandro González Iñárritu.
Ele também foi indicado para um globo de ouro com a música “The Revenant: O Renascido”, feita com o seu colaborador habitual, Alva Noto.
Ator
Em 1983, Sakamoto não só atuou como também fez a trilha de "Furyo: Em Nome da Honra", de Nagisa Oshima. No filme, ele vivia o antagonista, o capitão Yonoi, que buscava informações dos prisioneiros de guerra, entre eles um vivido por David Bowie, em uma prisão japonesa da Segunda Guerra Mundial.
Sakamoto é considerado por muitos como um dos precursores da música eletrônica e do hip hop. Em 1980, ele lançou dentro do segundo álbum, "B-2 Unit", a faixa "Riot in Lagos", que é considerada um dos primeiros exemplos de eletro-funk da história. Pioneiros do gênero como Afrika Bambaata e Kurtis Mantronik declararam nos anos seguintes terem o disco como referência.