O secretário Especial de Cultura, Mario Frias, foi exonerado do cargo nesta quinta-feira (31), conforme publicação no "Diário Oficial da União (DOU)”, após uma gestão marcada por nenhuma realização relevante e uma série de denúncias de gastos excessivos com diárias e passagens.
Foi nomeado para o seu lugar Hélio Ferraz de Oliveira, até então secretário nacional do audiovisual e segundo da pasta. Hélio ficou conhecido por ter ido à Cinemateca, no dia 7 agosto de 2020, acompanhado da Polícia Federal para 'pedir as chaves' da instituição.
Te podría interesar
No último 12 de março, Frias se filiou ao PL, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, e anunciou pré-candidatura a deputado federal por São Paulo.
Frias, que foi um ator medíocre e irrelevante, assumiu a Secretaria de Cultura em junho de 2020, substituindo a atriz Regina Duarte.
Te podría interesar
Nova Iorque
Mário Frias torrou R$ 78 mil de recursos públicos em sua viagem em dezembro, para Nova Iorque. Na ocasião ele se encontrou com o lutador de jiu-jitsu bolsonarista Renzo Gracie.
Ninguém sabia exatamente a razão. Está desfeito o mistério. Seu objetivo é declarar a luta como patrimônio histórico brasileiro. De acordo com informações da coluna de Guilherme Almeia, dois projetos de lei abandonados pelo governo tramitam na Câmara desde 2019 com esse mesmo intuito.
Relatório da viagem
As informações do encontro em solo americano constam do relatório da viagem. O prédio da reunião fica em uma área nobre de Nova York, a apenas dois quarteirões do famoso Empire State Building.
A luta de Frias para tentar tombar o jiu-jitsu como patrimônio histórico não necessitava de um passeio que custou tão caro ao povo brasileiro. Em vez de voar a Nova York de última hora com seu auxiliar Hélio Ferraz, como mostrou o jornalista Lauro Jardim, Frias poderia trabalhar para apoiar um dos dois projetos de lei que tramitam na Câmara em prol de homenagear o jiu-jitsu.