Com a chegada do Dia dos Namorados, celebrado nesta quinta-feira (12), cresce o uso de aplicativos de relacionamento por quem busca novas conexões. Mas com o aumento no número de usuários, também se ampliam os riscos digitais, que vão desde golpes financeiros e vazamento de dados até o aliciamento de menores de idade.
Golpes mais comuns em apps de namoro
O CEO da Every Cybersecurity, empresa especializada em proteção de dados, segurança da informação e educação digital, Eduardo Nery, revela que os golpes se intensificam neste período do ano, com criminosos aproveitando eventuais vulnerabilidades ou a empolgação dos usuários. Entre os crimes mais frequentes estão:
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- Catfish: criação de perfis falsos para enganar emocionalmente a vítima;
- Extorsão: uso de imagens íntimas ou informações obtidas na conversa para chantagear;
- Links maliciosos: envio de URLs que levam a sites falsos ou instalam malwares no dispositivo.
Menores de idade em risco
Mesmo com a exigência de idade mínima de 18 anos, muitos adolescentes acessam essas plataformas com dados falsos. Isso os coloca em risco de contato com criminosos, incluindo pedófilos e aliciadores.
“A ausência de supervisão e a facilidade de acesso tornam esse grupo especialmente vulnerável”, alerta Eduardo.
Vazamento de dados pessoais
Além dos golpes emocionais e financeiros, os apps de namoro representam uma ameaça à privacidade dos usuários. Informações como:
- Localização em tempo real
- Imagens pessoais
- Dados sensíveis do perfil
Permissões perigosas: atenção ao que você autoriza
Muitos usuários permitem, sem perceber, o acesso do aplicativo a funções como:
- Câmera
- Microfone
- Lista de contatos
Essas permissões aumentam significativamente os riscos de invasões de privacidade e espionagem digital.
Como se proteger em aplicativos de relacionamento
Eduardo Nery recomenda atitudes simples, mas eficazes, para navegar com mais segurança:
- Desconfie de perfis que pedem dinheiro ou informações íntimas rapidamente;
- Não clique em links enviados durante a conversa sem verificar a procedência;
- Revise as permissões do app nas configurações do celular;
- Converse com adolescentes sobre os riscos desses ambientes virtuais;
- Priorize a consciência digital em todas as interações online.
“O romantismo não precisa ser deixado de lado, mas a segurança deve vir em primeiro lugar”, conclui Eduardo.