Em 2013, o governo brasileiro anunciou a fabricante sueca Saab como vencedora do Programa F-X2, voltado à substituição da frota de caças da Força Aérea Brasileira (FAB).
O contrato, firmado em outubro de 2014, previa o fornecimento de 36 aeronaves Gripen à FAB — 28 unidades do modelo E (monoposto) e 8 do modelo F (biposto) — até 2027. Avaliado em 39,3 bilhões de coroas suecas (equivalente a R$ 21,6 bilhões à época), o acordo incluía ainda uma ampla transferência de tecnologia, com o objetivo de capacitar o Brasil a desenvolver, futuramente, seus próprios caças supersônicos.
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Até novembro de 2024, a FAB já havia recebido oito unidades do Gripen E, todas de apenas um assento. Agora, a FAB pretende iniciar um programa de melhoria dos caças, que devem ser equipados com um sistemas de lançamento de mísseis após passarem por uma atualização no seu software.
A informação foi divulgada durante a LAAD Defence & Security, maior evento de exposição do setor de defesa da América Latina, realizada no Rio de Janeiro, e repercutida pelo jornal O Globo.
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Essa atualização, chamada de Basic Capability Update (BCU), permitirá que as aeronaves utilizem armamentos reais em operações, incluindo seu canhão interno e os mísseis ar-ar Iris-T e Meteor. A intenção é "aumentar a autonomia militar" e a capacidade técnica da FAB.
Segundo a revista Sociedade Militar, até o momento, os caças podiam interceptar aeronaves inimigas, mas não tinham capacidade de efetuar disparos.
Além da atualização técnica para a inclusão da função de lançamento de mísseis, estão previstos também treinamentos específicos com manuais de operação para pilotos e uma revisão doutrinária da unidade aérea, já programados para ocorrer nas próximas semanas.
A preparação abrange tanto os pilotos quanto as equipes de solo, de forma a garantir a plena integração da nova configuração operacional dos caças ao cotidiano da FAB, afirma O Globo.