A NASA, agência espacial norte-americana, aumentou as chances de que o asteroide 2024 YR4, que está sendo monitorado por todos os observatórios astronômicos internacionais por sua probabilidade (embora pequena) de atingir a Terra no ano de 2032, colida com nosso planeta.
Antes, a estatística era de 1.2% de chance de que o YR4 entrasse em rota de colisão com a Terra. Essa chance foi aumentada para 2.3% pouco depois, no dia 7 de fevereiro.
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Agora, fala-se em um novo número: 1 em 32 chances de uma colisão, isto é, uma probabilidade de aproximadamente 3.1%, de acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da agência espacial.
Ainda assim, há uma chance de 96.9% de que tudo vá bem, e uma outra estatística ainda mede a chance, que é de 0.3%, de que o asteroide colida, na verdade, com a lua, nosso satélite natural.
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Num possível impacto com a Terra, o YR4 poderia liberar até 500 vezes a energia da bomba atômica de Hiroshima, informou a NASA em comunicado.
Os cientistas usam a Escala de Torino, um sistema de classificação de risco criado em 1999, para acessar os riscos de possíveis colisões de objetos espaciais próximos da Terra, como asteroides e cometas. A escala varia de acordo com a probabilidade de impacto e a energia cinética liberada pela suposta colisão.
Nos níveis de 1 a 3, em que atualmente se encontra o YR4, há uma baixa probabilidade de impacto e o monitoramento continua a ser necessário, mas não é preciso causar alarde na população, nem iniciar, ainda, os métodos de “defesa” contra uma possível colisão. Apesar disso, esses métodos são constantemente estudados.
Um deles trabalha com a alternativa de enviar uma espécie de ogiva nuclear ao espaço para bombardear um asteroide com pulsos de radiação capazes de destruí-lo antes que pudesse atingir o planeta.
O asteroide YR4 mede 54 metros e, apesar de ser capaz de destruir uma grande metrópole (com até 8 megatons de energia de impacto), não apresenta ameaças à vida na Terra, como aquele que aniquilou até 75% de toda a vida existente no planeta há 66 milhões de anos: o asteroide Chicxulub, que deixou como rastro uma enorme cratera de 180 km de diâmetro e 20 km de profundidade no local de sua colisão, na península de Yucatán, no México.