O túnel submarino mais longo do mundo, localizado a 40 metros do Mar Báltico, começou a ser construído em 2020 e pretende ligar, até 2029, a Alemanha à Dinamarca, ao longo de 18 km de extensão.
O projeto inaugura uma infraestrutura massiva, composta por duas faixas de automóveis e duas linhas férreas, para reduzir o trajeto entre os dois países a apenas 7 minutos (hoje, leva-se cerca de 45 minutos na travessia sobre o mar, que é feita de balsa).
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A construção levou uma década de planejamento, com um contrato firmado entre Alemanha e Dinamarca em 2008 e o anúncio dos planos em 2011 — e já teve um investimento estimado de US$ 7,1 bilhões.
O túnel está sendo construído ao longo do Cinturão de Fehmarn, estreito que separa as ilhas de Fehmarn, da Alemanhã, e Lolland, da Dinamarca, da Baía de Kiel ao estreito de Grande Belt, uma importante rota de transporte entre o norte europeu e o Báltico, e uma das mais significativas rotas de comércio da União Europeia (que facilita o deslocamento até a Escandinávia).
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Além de oferecer uma alternativa às viagens aéreas, o túnel sob o Estreito de Fehmarn vai funcionar como uma "economia de tempo" para quem hoje pega balsa oferecida pela Rødby e Puttgarden ou faz o trajeto de avião. Com as pistas para automóveis, a redução no tempo de trajeto pode chegar a até uma hora.
Para termos de comparação, uma viagem de trem de Copenhague a Hamburgo, que leva cerca de quatro horas e meia de trem, pode ser de apenas duas horas e meia de carro pelo túnel Fehmarnbelt Fixed Link, informa Jens Ole Kaslund, diretor técnico da empresa responsável pelo projeto, Femern A/S, à CNN.
Apesar da praticidade sugerida pela obra, a Alemanha já registrou, ao longo do ano passado, reclamações de grupos e organizações da sociedade civil e do terceiro setor, além de empresas de transporte via balsa, que se mostraram pouco afeitos ao projeto — algumas usando como argumento os impactos ambientais do túnel.
Mas, ainda em 2020, um tribunal federal na Alemanha concluiu que as queixas não eram válidas, e assegurou que os impactos ao meio ambiente seriam reduzidos a um mínimo.
Cada uma das seções a compor o túnel mais longo da Europa — e do mundo — deve ter 217 metros de comprimento, 42 metros de largura e 9 metros de altura, com cerca de 73 mil toneladas, e acredita-se que deve contribuir com a diminuição das taxas de emissão de CO2 ao substituir o transporte marítimo pelos trens.