ASTERÓIDE

Se atingisse a Lua, Asteroide YR4 poderia liberar energia de 340 bombas de Hiroshima

De acordo com David Rankin, um engenheiro de operações da Universidade do Arizona, nos EUA, o asteroide tem uma chance um pouco menor de atingir a lua, e não a Terra, no fatídico dezembro de 2032

Lua vista no espaço.Créditos: free source
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De acordo com novos cálculos, o Asteroide YR4, que tem sido monitorado pelas agências espaciais por sua pequena chance de colidir com a Terra no ano de 2032 (a estat??stica está entre 1.2% e 2.3%), também tem uma pequena chance de, na verdade, atingir a lua.

As análises divulgadas pela NASA na última sexta-feira (7) indicam que o YR4, que viaja a cerca de 48 mil km/h e tem 55 metros, tamanho suficiente para dizimar uma metrópole, poderia liberar até 500 vezes a energia da bomba atômica de Hiroshima num possível impacto com a Terra.

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De acordo com David Rankin, um engenheiro de operações da Universidade do Arizona, nos EUA, o asteroide tem uma chance um pouco menor (de 0.3%) de atingir a lua, e não a Terra, no fatídico dezembro de 2032, período estimado pelos cálculos.  

E, caso isso acontecesse, seria um espetáculo na Terra, que veria daqui, sã e salva, a colisão em seu satélite natural. 

"Há uma possibilidade de que [a colisão] ejetaria alguma matéria que poderia atingir a Terra, mas eu duvido muito de que causaria qualquer ameaça significativa", disse o pesquisador à revista New Scientist. Seria, portanto, apenas um espetáculo a olho nu.

Caso atingisse a lua, o YR4 poderia liberar energia equivalente a 340 bombas de Hiroshima.

A bomba lançada sobre a cidade japonesa era de urânio-235, e tinha uma potência estimada de 16 quilotons, isto é, quase 1000 toneladas de TNT.

Para a lua, no entanto, isso não seria uma novidade: ela é um corpo celeste "calejado" por suas diversas colisões com asteroides, as responsáveis por formar suas enormes crateras e até alguns cânions dignos de nota.

Há cerca de quatro bilhões de anos, por exemplo, dois dos maiores cânions já identificados na lua surgiram em cerca de 10 minutos, numa velocidade de impacto de 3.600 km/h, pela quantidade de energia nuclear liberada na colisão com um asteroide. 

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Atualmente, o asteroide em possível rota de colisão — embora essas probabilidades sejam baixas em ambos os casos — tem tido sua trajetória constantemente monitorada pelo James Webb, o telescópio espacial da NASA. 

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