LGBTFOBIA

Em mais um ataque, Meta muda nome de temas do Messenger para excluir termos LGBT

Mark Zuckerberg vem anunciando uma série de mudanças em suas redes sociais para se aproximar do novo governo de Donald Trump

Meta muda nome de temas do Messenger para excluir termos LGBT.Créditos: Anthony Quintano/Wikimedia Commons/Colagem
Escrito en TECNOLOGIA el

Em mais um ataque à comunidade LGBTQIAPN+, a Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, alterou os nomes de temas do aplicativo de mensagens Messenger para remover termos LGBT+

A mudança ocorreu em pelo menos três temas do aplicativo, que fazem referências a bandeiras da comunidade:

  • O tema da bandeira LGBT, normalmente simbolizada pelas cores do arco-íris, antes chamado de "Orgulho", passou a ter o nome de "Arco-Íris";
  • O tema com as cores da bandeira do movimento trans, antes chamado de "Transgênero", passou para "Algodão doce";
  • E o tema com as cores da bandeira do movimento de pessoas não-binárias, antes chamado de "Não-binário", pasosu a se chamar "Pôr do sol dourado";

Veja abaixo as mudanças:

Novos temas do Messenger, modificados pela Meta, para excluir termos LGBT. 

As modificações feitas pela Meta ocorrem em meio a uma série de mudanças anunciadas pelo dono da empresa, o bilionário Mark Zuckerberg, desde esta terça-feira (7), quando mudou as diretrizes da plataforma para permitir que os usuários possam classificar pessoas gays e trans como "doentes mentais". Segundo a nova regra, a Meta irá permitir “acusações de anormalidade mental relacionadas a gênero ou orientação sexual, especialmente quando discutidas no contexto de debates religiosos ou políticos, como questões de 'transgenderismo' e homossexualidade".

O anúncio da mudança LGBTfóbica ocorreu logo após Zuckerberg anunciar o fim do sistema de checagem de fatos pela plataforma, que será substituído por "notas da comunidade", ferramenta semelhante a do X (antigo Twitter), feita pelos próprios usuários. Em sua justificativa, Zuckerberg afirmou que as mudanças ocorrem em defesa da "liberdade de expressão" e falou em "tribunais secretos" que removeriam conteúdos silenciosamente. Sua declaração foi interpretada como uma indireta ao Supremo Tribunal Federal (STF), que protagonizou ações em defesa da soberania digital e contra o compartilhamento de fake news e discurso de ódio no X. 

Todas as novas mudanças feitas por Zuckerberg fazem parte de um movimento do bilionário em se aproximar das políticas extremistas e antidemocráticas do presidente eleito Donald Trump

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