Em mais um ataque à comunidade LGBTQIAPN+, a Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, alterou os nomes de temas do aplicativo de mensagens Messenger para remover termos LGBT+.
A mudança ocorreu em pelo menos três temas do aplicativo, que fazem referências a bandeiras da comunidade:
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- O tema da bandeira LGBT, normalmente simbolizada pelas cores do arco-íris, antes chamado de "Orgulho", passou a ter o nome de "Arco-Íris";
- O tema com as cores da bandeira do movimento trans, antes chamado de "Transgênero", passou para "Algodão doce";
- E o tema com as cores da bandeira do movimento de pessoas não-binárias, antes chamado de "Não-binário", pasosu a se chamar "Pôr do sol dourado";
Veja abaixo as mudanças:
As modificações feitas pela Meta ocorrem em meio a uma série de mudanças anunciadas pelo dono da empresa, o bilionário Mark Zuckerberg, desde esta terça-feira (7), quando mudou as diretrizes da plataforma para permitir que os usuários possam classificar pessoas gays e trans como "doentes mentais". Segundo a nova regra, a Meta irá permitir “acusações de anormalidade mental relacionadas a gênero ou orientação sexual, especialmente quando discutidas no contexto de debates religiosos ou políticos, como questões de 'transgenderismo' e homossexualidade".
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O anúncio da mudança LGBTfóbica ocorreu logo após Zuckerberg anunciar o fim do sistema de checagem de fatos pela plataforma, que será substituído por "notas da comunidade", ferramenta semelhante a do X (antigo Twitter), feita pelos próprios usuários. Em sua justificativa, Zuckerberg afirmou que as mudanças ocorrem em defesa da "liberdade de expressão" e falou em "tribunais secretos" que removeriam conteúdos silenciosamente. Sua declaração foi interpretada como uma indireta ao Supremo Tribunal Federal (STF), que protagonizou ações em defesa da soberania digital e contra o compartilhamento de fake news e discurso de ódio no X.
Todas as novas mudanças feitas por Zuckerberg fazem parte de um movimento do bilionário em se aproximar das políticas extremistas e antidemocráticas do presidente eleito Donald Trump.