Uma startup norte-americana começou a produzir aviões para pulverização agrícola (a derramada de defensivos agrícolas, fertilizantes e outras substâncias para controle de plantações) em 2019, com um modelo de aeronave elétrica programado para percorrer grandes áreas sem interferência humana.
Em 2022, o modelo desenvolvido pela empresa Pyka, chamado "Pelican", ganhou uma melhoria: transformou-se num avião de carga (o Pelican Cargo), mais prático e a serviço também de entregas aéreas. O foco dessa inovação, de acordo com o CEO da Pyka, Michael Norcia, era atender a um comércio entre ilhas, tornando o serviço de transporte em locações remotas mais rápido e barato (com aeronaves autônomas que carregassem até 181 quilos, ou 400 libras).
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Mas um novo desenvolvimento na história da companhia se deu quando o Departamento de Defesa dos Estados Unidos se interessou pela tecnologia das aeronaves — esse veículo de transporte poderia ter papel estratégico na logística de defesa em operações militares do governo.
A guerra na Ucrânia, afirma Michael, tem voltado a atenção do mundo para os sistemas autônomos de defesa, que podem ser utilizados de maneira pontual em conflitos e territórios em contestação para carregar equipamentos militares, como armamentos, e suprimentos importantes, como água e alimentos.
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A empresa colaborou com a Sierra Nevada Corporation (SNC) para a produção de um drone de transporte elétrico a ser utilizado pelo Pentágono. As customizações feitas na tecnologia das aeronaves não incluíram modificações bélicas, mas o desenvolvimento de sistemas eletrônicos de ponta que possam auxiliar na capacidade tática e de um motor que permite voar a até 130 quilômetros por hora.
Energia limpa
O modelo desenvolvido, o Pelican Cargo, funciona à base de energia limpa (com operação elétrica) e representa uma inovação para operações táticas das Forças Aéreas norte-americanas. Em 2023, uma dessas aeronaves foi usada pela Marinha britânica para uma demonstração do Ministério da Defesa do Reino Unido, em Cornwall. A demonstração evidenciou a capacidade do drone para voos além da linha de visão e seu potencial em “missões humanitárias”, com o transporte de suprimentos médicos.
Tecnologias do tipo podem, no entanto, se tornar mais perigosas, com a inclusão de inteligência ofensiva (como sistemas de ataque a alvos) ou sua utilização para o transporte de explosivos e outros dispositivos perigosos de ataque — uma nova evolução no futuro das guerras automatizadas.